Jornal Estado de Minas

Presas ganham espaço para trabalhar no setor de impressão digital dentro de cadeia em BH

Pelo trabalho realizado dentro da unidade prisional, as detentas recebem 3/4 do salário mínimo e remição de pena: a cada três dias trabalhados, um a menos na sentença

Espaço foi inaugurado no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto (Piep), em Belo Horizonte - Foto: Lívia Machado/Divulgação

Foram inaugurados, nesta segunda-feira, dois novos galpões no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto (Piep), em Belo Horizonte, onde seis presas trabalharão no setor de impressão digitalÉ a primeira unidade de produção do ramo instalada dentro de um complexo penitenciário no país.

Os galpões, que têm juntos 300 m², foram construídos e equipados por meio de uma parceria com a gráfica digital Eco PrintNeles há maquinários de ponta em impressão digital e uma serralheriaPara a realização da obra e aquisição dos equipamentos foram investidos cerca de R$300 mil pelo parceiro privado"Nós vamos trabalhar com serralheria, lata e impressão digitalAs detentas entram na nossa empresa primeiramente na parte de acabamento, mas nossa ideia é que aquela que se destacar possa ser capacitada também em impressão", explica o diretor presidente da instituição parceira, Rodrigo MendanhaEntre os produtos que saem hoje da unidade prisional direto para o mercado estão adesivos, banners, lonas e placas.

O empresário afirma, ainda, que a ideia é ampliar a quantidade de presas trabalhando na Piep e, futuramente, instalar unidades de produção em outros presídios e penitenciárias"Hoje são seis, mas nossa vontade é chegar até o meio do ano que vem já com o dobro desse númeroHá tendência, também, de nós mesmos darmos emprego a elas depois que receberem o alvará", afirmaPelo trabalho realizado dentro da unidade prisional, as detentas recebem 3/4 do salário mínimo e remição de pena: a cada três dias trabalhados, um a menos na sentença

(Com informações da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds)