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Estado de Minas

Grupo que ocupa casarão em BH pede que governo autorize permanência no local

Integrantes do Espaço Luiz Estrela também querem permissão para realizar obras emergenciais no imóvel, que está com a estrutura comprometida


postado em 05/11/2013 17:04 / atualizado em 05/11/2013 16:58

Grupo ocupa o casarão há 10 dias para realizar eventos culturais (foto: Angelo Pettinati/EM/D.A.Press)
Grupo ocupa o casarão há 10 dias para realizar eventos culturais (foto: Angelo Pettinati/EM/D.A.Press)

Integrantes do Espaço Luiz Estrela, que ocupam um imóvel no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, se reuniram nesta terça-feira com representantes do governo de Minas Gerais. No encontro, o grupo reivindicou a suspensão do termo de cessão de uso do imóvel, localizado na Rua Manaus, 348, que hoje está cedido a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas. Também pediram a autorização para realizar obras emergenciais no casarão, que está com a estrutura comprometida.

A Feluma ganhou a cessão do casarão, em 20 de julho deste ano, em um processo, segundo o Governo de Minas, acompanhado pelo Ministério Público Estadual e da diretoria de Patrimônio Cultural da prefeitura de Belo Horizonte. Com a decisão, a Fundação terá direito de administrar o local por um período de 20 anos. Já existe um projeto, por parte da Feluma para transformar o imóvel em um memorial em homenagem ao ex-presidente da República Juscelino Kubitscheck.

Para os integrantes do Espaço Luiz Estrela, a retomada do imóvel pela Feluma é motivo de questionamento. “Achamos ilegal, porque não houve concorrência. Já existia uma série de outros projetos que seria destinados para o local e mesmo assim o governo não achou que haveria concorrência. Além disso, há uma série de outros desacordos pela legislação desse termo de cessão. Mas as questões legais vamos trabalhar nos tribunais”, explica o assessor de imprensa dos ocupantes, Victor Diniz.

O casarão possui problemas estruturais e precisa de obras. De acordo com Victor Diniz, a Feluma tinha um prazo de 90 dias para realizar as intervenções, o que não foi feito. A Fundação teria conseguido a prorrogação por mais 18 dias, junto ao MPMG, para consertar a estrutura. “Nós acreditamos que esse imóvel precisa de obras urgentes para não se degradar com as chuvas que estão por vir. Pedimos para o Governo que o Espaço, numa demonstração de boa vontade, realize as intervenções legais que a Feluma ficou de cumprir”, explica o assessor de imprensa.

O Governo ficou de avaliar a proposta do grupo e a resposta será dada na próxima reunião, marcada para 19 deste mês. Na ocasião, os ocupantes ficaram de apresentar uma proposta concreta em documento sobre a utilização do imóvel.

Reintegração de posse

Na última semana, a Feluma conseguiu uma liminar, concedida pela 26ª Vara Cível, para a reintegração de posse do imóvel. Policiais militares e agentes da BHTrans estiveram no casarão para cumprir a determinação judicial na quinta-feira, mas, após conversarem com integrante do Espaço, a ação foi suspensa.

A reintegração do local ainda é um impasse entre o governo e os ocupantes. “O governo entende que é uma questão que está na Justiça. O que nós esperamos é que enquanto a negociação estiver em curso esperamos ficar no imóvel”, diz Victor Diniz. Segundo ele, as programações do grupo no casarão seguem “a todo vapor”.

O Governo do Estado, por sua vez, afirmou que solicitou ao movimento a desocupação do imóvel, uma vez que todos os laudos existentes até o momento não foram feitos considerando a ocupação do prédio por pessoas, o que pode prejudicar a estrutura da casa e a segurança dos ocupantes.


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