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Estado de Minas

Polícia vai pedir prisão preventiva de suspeito de matar bancário no Prado

Rafael Douglas Gonçalves foi apresentado pela Polícia Civil nesta quarta-feira. Ele nega que tenha mantido um relacionamento com a vítima e se mostrou arrependido do crime


postado em 06/11/2013 13:38 / atualizado em 06/11/2013 13:44

Rafael suspeitava que seus dois filhos estavam sendo abusados por Ronaldo(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Rafael suspeitava que seus dois filhos estavam sendo abusados por Ronaldo (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
A Polícia Civil deve pedir a prisão preventiva de Rafael Douglas Gonçalves dos Santos, de 24 anos, suspeito de matar o bancário Ronaldo Araújo Caldas, no dia 10 de outubro no Bairro Prado, Região Oeste de Belo Horizonte. O homem foi apresentado à imprensa hoje. O crime aconteceu no apartamento da vítima da Rua dos Pampas. O suspeito teria violentado sexualmente a vitima antes de esganá-lo. O homem foi encontrado morto dentro do apartamento. Sobre o corpo, havia um bilhete com a palavra “saúde”.

Dias depois do crime, Rafael foi até uma casa de recuperação em Brumadinho, na Grande BH, onde havia se internado para tratamento do vicio de drogas. Ele chegou no sábado à noite e pediu para ficar até domingo. Pela manhã, o interno contou para equipe da clínica sobre o crime e disse que pretendia se entregar. Os profissionais o levaram até a PM da cidade e militares encaminharam Rafael para o DHPP na capital, no dia 13. Ainda de acordo com a polícia, o jovem assumiu o homicídio.

O suspeito disse que era violentado desde os 14 anos por Ronaldo. Rafael suspeitava que os filhos dele – dois meninos gêmeos – estavam sendo abusados pelo bancário. Uma das crianças é afilhada dele. Na ocasião do depoimento, Rafael Douglas foi ouvido e liberado pelo delegado porque já havia passado o flagrante e a polícia não tinha um mandado de prisão para mantê-lo detido. Posteriormente, o homem voltou a ser ouvido e se mostrou arrependido do crime. A polícia conseguiu um mandado de prisão temporária contra Rafael, que foi preso em 29 de outubro.

O delegado da Homicídios Centro-Sul, Marcelo Manna, disse nesta quarta-feira que não acredita que o crime tenha sido premeditado, nem que Rafael tenha sido vítima de abuso sexual por parte do bancário. Para a polícia, ele cometeu o crime por uma desavença naquele momento, já que ele frequentava a casa da vítima há 10 anos, e que até teria comemorado o crime. Ainda segundo a Polícia Civil, a suspeita é de que a família de Rafael tenha se aproximado de Ronaldo para adquirir benefícios. Como exemplo, foi citado que a mãe do suspeito conseguiu construir barracões de aluguel com a ajuda do bancário. A polícia também confirmou que Rafael era usuário de drogas e tinha passagens por tráfico.

Entenda o caso

Conforme a polícia, Rafael é usuário de crack e tem passagem pela polícia por tráfico de drogas. Ele não era aceito em casa pela mãe e morava com a namorada na Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste da capital. Segundo a polícia, a vítima ajudava financeiramente a família de Rafael. Havia a suspeita de que os dois mantinham um relacionamento amoroso, mas ele nega.

Às 7h15 do dia 10 de outubro, uma quinta-feira, uma irmã da vítima foi ao prédio, pois Ronaldo não atendia o telefone, e encontrou a porta do apartamento aberta e o irmão nu, morto na sala. Sobre o corpo, o assassino deixou um bilhete. O apartamento não tinha marcas de arrombamento nem estava revirado. Câmaras de segurança do prédio registraram a chegada de Rafael por volta de 1h30 e sua saída, às 3h. Segundo a polícia, ele telefonou para a ex-mulher dizendo que havia feito uma besteira e matado uma pessoa. Depois, teria apanhado alguns pertences em casa e fugido.


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