Jornal Estado de Minas

Operação Térmita II da PF

Representante comercial de Minas é detido em operação contra extração de madeira

O homem é acusado de fazer parte de quadrilha que extraía, de forma clandestina, madeira de área protegidas do Norte do país e burlava os sistemas de controles ambientais como Sisflora e DOF-Documento

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Um representante comercial de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais, foi detido nesta quarta-feira pela Polícia Federal durante a Operação Térmita II que fechou o cerco contra crimes ambientais, formação de quadrilha e fraudes na obtenção e comercialização de créditos florestais no Sisflora e DOF-Documento de Origem Florestal (sistemas de controle florestal)


De acordo com a PF, o homem preso em Minas prestou depoimento e foi liberadoEle é suspeito de envolvimento em uma organização criminosa que extraía, de forma clandestina, madeira de área protegidas do Norte do país e burlava os sistemas de controles ambientaisO nome dele não foi divulgado

A operação foi comandada pela PF do Pará e prendeu seis pessoas nos municípios de Belém, Altamira, Uruará, Itaituba, Santarém e Alenquer, todos no Pará, além de Alta Floresta, Várzea Grande e Colniza, no Mato GrossoEm Minas, a operação ocorreu apenas em Juiz de ForaAo todo foram cumpridos 44 mandados de prisão, busca e apreensão

As investigações começaram há cerca de um ano, decorrentes de denúncias da Corregedoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA/PA)Os investigados serão indiciados pelas práticas de crimes ambientais, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussãoDentre os alvos da operação estão três servidores da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (SEFA) e outros dois da SEMA, além de empresários do ramo madeireiro.

Estiveram envolvidos na operação, 140 policiais federais na operação lotados no Pará, Mato Grosso, Amazonas e Minas GeraisA operação de hoje é continuidade da Operação Térmita I realizada em 12 de novembro de 2010
Segundo a PF, a denominação térmita é alusão ao nome popular de um cupim considerado uma praga perigosa que ataca a madeira e produtos agrícolas.