Jornal Estado de Minas

Taxistas fecham Praça Sete em protesto por mais segurança; PM vai intensificar operações

Em reunião nesta quinta-feira na Cidade Administrativa a Secretaria de Estado de Defesa Social e a PM disseram que vão reforçar a segurança para a categoria. Os profissionais manifestaram fechando o trânsito no Hipercentro

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
Trânsito ficou bloqueado por mais de uma hora. Para encerrar o protesto, taxista deram um abraço simbólico no Pirulito - Foto: Reprodução/BHTrans
Taxistas fecharam a Praça Sete na noite desta quarta-feira a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, em protesto contra a rotina de crimes que categoria está enfrentandoO grupo de cerca de 50 motoristas estacionou carros no entorno da praça e, fora dos veículos, gritaram por mais segurançaAs manifestações dos profissionais se intensificaram na noite de terça-feira, depois que o taxista Silvano Alves de Freitas, 63 anos, foi encontrado morto dentro de seu veículo na Avenida Waldyr Soeiro Emrich, no Bairro Diamante, no BarreiroSegundo a polícia, tudo indica que ele foi vítima de latrocínio

Ontem os motoristas fecharam a avenida onde aconteceu o crime e, entre outras reivindicações, pediram uma conversa com o governo sobre a situação das segurançaEles foram recebidos na tarde desta quarta-feira na Cidade AdministrativaDurante o encontro, o governador Antonio Anastasia (PSDB) determinou a intensificação das medidas para coibir a violência contra a categoriaParticiparam da reunião o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Márcio Sant´Ana; o chefe-geral da Polícia Civil, Cylton Brandão; a comandante do policiamento da Capital, coronel Cláudia Romualdo; o presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte, Dirceu Efigênio Reis; o presidente da Associação dos Condutores Auxiliares de Táxi, José Estevão e os taxistas José Gonzaga da Silva e Altair de Araújo

Os motoristas pediram que sejam intensificadas a operações “Para Pedro”, que fiscalizam os táxis, e ouviram da coronel Cláudia que 75 ações desse tipo são feitas por dia na principais ruas da capitalA comandante afirmou que vai estudar a possibilidade de aumentar as operações e as paradas aleatórias a taxistasO governo também cogitou a possibilidade de implantar aparatos tecnológicos, como câmeras, para ajudar no reforço contra a criminalidade nos táxis


- Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Belo Horizonte, Dirceu Efigênio Reis, tem esperança de que o problema começara a ser tratado, mas garanti que as cobranças vão continuar“Saí da reunião com muita expectativa para que possamos resolver esse problema da violência em Belo HorizonteO taxista é muito vulnerável e precisa de um sistema de monitoramento eficazTudo o que pudermos agregar na questão de segurança é muito bem-vindo para a categoria”, afirmou

Para o secretário Rômulo Ferraz, apesar do aumento registrado este ano no volume de operações em relação a 2012, as forças de segurança assumiram compromisso de aumentar as fiscalizações“Nós reafirmamos o compromisso, sobretudo da Polícia Militar, com relação à intensificação das operações de parada de taxistasEste ano já houve uma intensificação muito grande, estatisticamente, da operação aqui dentro de Belo HorizonteVamos aprimorar com a própria orientação e sugestão dos taxistasAlguns procedimentos foram sugeridos por parte das entidades, mas com o compromisso firmado de intensificação”, garantiu.

(Com informações de Patrícia Giudice)