O assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, conhecido como “Tarado do Dona Clara” já tem data para sentar no banco dos réus. O juiz da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Luis Augusto Fonseca, acatou denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o homem, que é acusado de pelo menos 10 jovens, com idades entre 12 de 21 anos. Em seu despacho, o magistrado marcou para 18 de dezembro a audiência de instrução sobre os casos. Na ocasião as vítimas devem ser ouvidas, assim como o réu. Caso seja condenado, o acusado pode pegar até 114 anos de prisão.
A atuação do suposto maníaco começou a ser investigada depois que o estudante de filosofia Gustavo Dias, de 22 anos, criou uma campanha nas redes sociais denunciando que um estuprador agia no Bairro Dona Clara. O cartaz divulgado na internet informava o registro de dez ataques em três dias. Os relatos das vítimas indicava que o homem agia, principalmente, nas imediações de uma escola particular e outra municipal do bairro. Circulando de moto, ele abordava as vítimas, as segurava pelo braço e passava a mão nas partes íntimas delas.
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Ao ser apresentado à imprensa, Marcel chorou muito. Ele se disse arrependido dos abusos sexuais e buscou se justificar alegando trauma sofrido na infância. Afirmou ter sido molestado por um primo e, por isso, repetia o ato com crianças e adolescentes.
Marcel tem 30 anos e nasceu em São Paulo. Ele mora em Belo Horizonte há 17 anos junto com a mãe, que é empregada doméstica. Ambos vivem de favor na casa dos patrões dela. Ele trabalhava como auxiliar administrativo e namora há 8 anos com uma moça.