Jornal Estado de Minas

Grupo faz protesto contra a venda de animais no Mercado Central

Cerca de 40 integrantes do movimento "Libertação Animal do Mercado Central", se reuniram em frente ao "mercadão", na entrada da Avenida Amazonas, esquina com Rua Santa Catarina

Carlos Herculano Lopes
Alguns manifestantes pintaram os rostos e ficaram dentro de uma "gaiola" - Foto: João Miranda/Esp.EM/D.A Press
Com os rostos pintados de preto e branco, usando camisetas negras com os dizeres "Mercado Central legal não vende animal", cerca de 40 integrantes do movimento "Libertação Animal do Mercado Central", se reuniram a partir das 9h em frente ao "mercadão", na entrada da Avenida Amazonas, esquina com Rua Santa Catarina, Região Centro-Sul de BH para novamente protestar, de forma pacífica, contra a venda e o que consideram maus-tratos a que são submetidas as aves e animais que, desde o início da década de 1960, são comercializados ali

Para Evandro Silva, integrante do movimento, é importante que a população tome ciência dos abusos cometidos contra os gatos, cachorros, galinhas, passarinhos e outros bichos no Mercado Central de BH"Eles ficam confinados em ambientes insalubres, em gaiolas pequenas, e são tratados sem nenhum respeito, como se fossem uma mercadoria qualquer", disse.

Luiz Carlos Braga, superintendente do Mercado Central, disse que o movimento contra este tipo de comércio no mercadão é antigo, e de 2006 para cá já foram feitas duas tentativas para se aprovar projetos municipais que proíbam ali a venda de animais e aves, mas foram rejeitadas"Aqui, todos os que se dedicam a este comércio têm alvará de localização, alvará sanitário, registro no IBAMA e no IMA, e o que é mais importante: temos uma médica veterinária para cuidar dos animaisAlém do mais, a média de permanência deles aqui é no máximo uma semanaPor que então se falar de maus tratos?".