A três meses da conclusão dos primeiros corredores do Move, o sistema rápido por ônibus (BRT), a BHTrans vai reforçar a segurança nas estações de transferência para evitar depredação da estrutura, que está em fase finalO objetivo é preservar o sistema da ação de vândalosNos protestos de junho e julho, durante a Copa das Confederações, manifestantes chegaram a atear fogo numa estação em obras na Avenida Antônio Carlos, na Pampulha, e um suspeito de roubar tijolos na Avenida Santos Dumont, no Centro, foi presoPara evitar novos ataques, até o fim deste mês uma empresa será contratada para monitorar os pontos de parada dos novos ônibus até que os consórcios responsáveis pela operação assumam a fiscalizaçãoO vencedor será escolhido no dia 25 para um contrato de seis meses de duraçãoO sistema de vigilância é provisório, porque assim que a BHTrans entregar as obras, as concessionárias que administrarão o Move farão a segurança permanente, inclusive para evitar problemas durante a Copa do Mundo.
O projeto de segurança determina instalação de sensores de porta e sistema de alarme, além de rondas realizadas por 24 fiscais nas cinco estaçõesA empresa que ganhar a licitação instalará os equipamentos e ficará responsável pela fiscalizaçãoQuatro carros e duas motos serão usados por vigilantes uniformizados e equipados com celulares e radiocomunicadores que farão rondas a cada 45 minutosOito ficarão na Avenida Cristiano Machado, oito na Antônio Carlos, quatro nas avenidas Pedro I e Vilarinho e quatro na Região CentralAo todo, 44 estações serão monitoradas 24 horas por dia.
As atividades dos agentes serão gravadas na central de monitoramento da empresa, como data, hora e local de cada rondaSempre que o sistema de alarme alertar para invasão, uma equipe será enviada ao local
PRAZO CURTO
As empresas interessadas em assumir a segurança temporária do BRT têm apenas duas semanas para se inscrever na licitação, publicada no sábado no Diário Oficial do Município (DOM)O pregão presencial, no dia 25, definirá o vencedor pelo menor preçoDepois da homologação da decisão, o prazo é de cinco dias para assinatura do contratoEm seguida, a empresa tem 10 dias para que o sistema de alarme esteja em funcionamento em todos os pontos especificados pela BHTrans
Os consórcios responsáveis pela operação do BRT (Pampulha, BH Leste, Dez e Dom Pedro II) assumirão a fiscalização do sistema assim que receberem as obras da prefeituraA Assessoria de Comunicação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informou que ainda não há um plano de segurança para as estaçõesA entidade garantiu apenas que câmeras de vigilância serão instaladas.
AJUDA
Especialistas alertam para o vácuo entre o fim das obras e o início da operaçãoSegundo o engenheiro civil e mestre em transportes Silvestre de Andrade Puty Filho, quando a empreiteira termina o serviço e o entrega para a prefeitura, a responsabilidade volta ao poder público“Se não passou ainda para a operadora, é obrigação zelar pelo bemÉ importante que o BRT não fique abandonado”, afirmouAs pessoas tendem a achar que não é de ninguém e quebramÉ uma obra que custou caro à sociedadeÉ fundamental que haja segurança”, disse.
RAdares em rodízio
Em outubro, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) o edital para contratar uma empresa que implantará radares em 153 pontos, além dos 97 já cobertos por radaresOs locais de fiscalização estão na área de abrangência do BRT, distribuídos nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado e região centralAlém dos 153, haverá estruturas para controle eletrônico em outros 140, possibilitando a cobertura em 293 locais em sistema de rodízioOs radares controlarão excesso de velocidade, invasão de faixa exclusiva de ônibus do BRT e dos coletivos que complementam o sistema, e avanço de sinal, que terá o maior número de pontosSerão 76 cruzamentos vigiados dia e noite pelos olhos eletrônicos, além dos 40 que já contam com essa tecnologia.