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Estado de Minas

BRT contará com vigilância coletiva

Estações do BRT terão 24 agentes em sistema de ronda e alarmes para evitar vandalismo, até a entrega para concessionárias, que assumirão a segurança, inclusive na Copa do mundo


postado em 12/11/2013 06:00 / atualizado em 12/11/2013 07:16

Licitação definirá empresa que administrará vigilância do novo sistema de transporte de BH(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)
Licitação definirá empresa que administrará vigilância do novo sistema de transporte de BH (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)

 

A três meses da conclusão dos primeiros corredores do Move, o sistema rápido por ônibus (BRT), a BHTrans vai reforçar a segurança nas estações de transferência para evitar depredação da estrutura, que está em fase final. O objetivo é preservar o sistema da ação de vândalos. Nos protestos de junho e julho, durante a Copa das Confederações, manifestantes chegaram a atear fogo numa estação em obras na Avenida Antônio Carlos, na Pampulha, e um suspeito de roubar tijolos na Avenida Santos Dumont, no Centro, foi preso. Para evitar novos ataques, até o fim deste mês uma empresa será contratada para monitorar os pontos de parada dos novos ônibus até que os consórcios responsáveis pela operação assumam a fiscalização. O vencedor será escolhido no dia 25 para um contrato de seis meses de duração. O sistema de vigilância é provisório, porque assim que a BHTrans entregar as obras, as concessionárias que administrarão o Move farão a segurança permanente, inclusive para evitar problemas durante a Copa do Mundo.

O projeto de segurança determina instalação de sensores de porta e sistema de alarme, além de rondas realizadas por 24 fiscais nas cinco estações. A empresa que ganhar a licitação instalará os equipamentos e ficará responsável pela fiscalização. Quatro carros e duas motos serão usados por vigilantes uniformizados e equipados com celulares e radiocomunicadores que farão rondas a cada 45 minutos. Oito ficarão na Avenida Cristiano Machado, oito na Antônio Carlos, quatro nas avenidas Pedro I e Vilarinho e quatro na Região Central. Ao todo, 44 estações serão monitoradas 24 horas por dia.

As atividades dos agentes serão gravadas na central de monitoramento da empresa, como data, hora e local de cada ronda. Sempre que o sistema de alarme alertar para invasão, uma equipe será enviada ao local. Os fiscais estão autorizados apenas a checar a parte exterior das estações e somente poderão entrar acompanhados de um representante da BHTrans. Com a confirmação de invasão, os agentes devem chamar a Polícia Militar. O edital proíbe qualquer medida que ponha em risco a integridade física dos vigilantes e de outras pessoas, mesmo com possibilidade de dano ao patrimônio.

PRAZO CURTO

 

(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)
(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)
A estimativa da BHTrans é de que a licitação custe cerca de 1,2 milhão. Em algumas estações, como no Centro e na Cristiano Machado, que começam a operar em 15 de fevereiro, a segurança ficará em vigor por apenas dois meses. O secretário municipal de Obras e Infraestrutura, José Lauro Nogueira Terror, havia divulgado que os ônibus circularão na Antônio Carlos e na Estação Pampulha até 15 de março. Nas estações Vilarinho e Venda Nova, operam a partir de 15 de abril.

As empresas interessadas em assumir a segurança temporária do BRT têm apenas duas semanas para se inscrever na licitação, publicada no sábado no Diário Oficial do Município (DOM). O pregão presencial, no dia 25, definirá o vencedor pelo menor preço. Depois da homologação da decisão, o prazo é de cinco dias para assinatura do contrato. Em seguida, a empresa tem 10 dias para que o sistema de alarme esteja em funcionamento em todos os pontos especificados pela BHTrans.

Os consórcios responsáveis pela operação do BRT (Pampulha, BH Leste, Dez e Dom Pedro II) assumirão a fiscalização do sistema assim que receberem as obras da prefeitura. A Assessoria de Comunicação do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) informou que ainda não há um plano de segurança para as estações. A entidade garantiu apenas que câmeras de vigilância serão instaladas.

AJUDA

 

(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)
(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.APRESS)
A Polícia Militar apoia a medida da BHTrans. “Fazemos policiamento constante em toda a cidade, planejado conforme as necessidades, 24 horas por dia. A PM faz a segurança na via pública. No interior (das estações), toda ajuda é bem-vinda”, afirmou a comandante de policiamento da capital, coronel Claudia Romualdo.

Especialistas alertam para o vácuo entre o fim das obras e o início da operação. Segundo o engenheiro civil e mestre em transportes Silvestre de Andrade Puty Filho, quando a empreiteira termina o serviço e o entrega para a prefeitura, a responsabilidade volta ao poder público. “Se não passou ainda para a operadora, é obrigação zelar pelo bem. É importante que o BRT não fique abandonado”, afirmou. As pessoas tendem a achar que não é de ninguém e quebram. É uma obra que custou caro à sociedade. É fundamental que haja segurança”, disse.

 

Saiba mais

RAdares em rodízio

Em outubro, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) o edital para contratar uma empresa que implantará radares em 153 pontos, além dos 97 já cobertos por radares. Os locais de fiscalização estão na área de abrangência do BRT, distribuídos nas avenidas Pedro I, Antônio Carlos, Cristiano Machado e região central. Além dos 153, haverá estruturas para controle eletrônico em outros 140, possibilitando a cobertura em 293 locais em sistema de rodízio. Os radares controlarão excesso de velocidade, invasão de faixa exclusiva de ônibus do BRT e dos coletivos que complementam o sistema, e avanço de sinal, que terá o maior número de pontos. Serão 76 cruzamentos vigiados dia e noite pelos olhos eletrônicos, além dos 40 que já contam com essa tecnologia.


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