Os Servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), em greve há 10 dias, se reuniram em uma assembleia na manhã desta quinta-feira em frente ao Hospital João XXIII para definir os rumos do movimento. De acordo com Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg), os trabalhadores fizeram modificações nas propostas apresentadas pelo Governo de Minas e irão apresentá-las à tarde aos representantes da Fhemig. Caso sejam aprovadas, a paralisação deve terminar.
“Vamos apresentar as modificações nos termos de acordo, pois achamos que algumas propostas não ficaram claras. Caso assinem devemos encerrar a greve”, afirma o diretor da Asthemg, Carlos Augusto Martins. Entre as reivindicações da categoria está o retorno da carga horária de 30 horas – atualmente 40 horas -, e reajuste salarial.
Na reunião entre o governo e representantes da Asthemg na última terça-feira, a subsecretária de Gestão Pessoas, Fernanda Neves, o presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins, apresentaram uma proposta salarial que visa um reajuste do vencimento básico de 25% em fevereiro de 2014, com a respectiva dedução na gratificação complementar. Outros 20% serão concedidos em fevereiro de 2015, resultando na incorporação total da gratificação. Na noite de quarta-feira, houve um novo encontro em que foram acertados alguns pontos.
Porém, algumas propostas seguem pendentes. “O corte dos dias parados ainda é um empecilho. Tem outros pontos divergentes, mas o corte é quase unânime”, diz o diretor. A preocupação é com a paralisação no feriado prolongado da Proclamação da República, onde o número de pacientes aumente. “Isso pode prejudicar o atendimento. Estamos fazendo de tudo para terminar tudo (greve) hoje, porque senão somente na segunda-feira, que é o primeiro dia útil, é que vamos decidir”, completa Martins.
Desde o dia 4 deste mês, os servidores estão realizando protestos diários em hospitais de Belo Horizonte que são administrados pela Fhemig.