Outro golpe no tráfico de drogas em Belo Horizonte foi dado ontem por militares da 125ª Companhia da Polícia Militar. Cerca de 100 quilos de maconha foram apreendidos em um estacionamento na Vila Leonina, Oeste da capital. Apontado como dono da droga, Geraldo Ferreira, de 46 anos, o Gê, considerado o “patrão” do tráfico na área, foi preso e com ele os policiais encontraram R$ 41 mil em dinheiro. Na unidade da PM, Geraldo, que até sábado não tinha passagens pela polícia, admitiu ser o responsável pela carga.
O sargento Leandro Resende, do Grupo Especializado em Policiamento de Áreas de Risco, disse ter recebido denúncia anônima de que Gê estava usando o estacionamento como depósito de drogas. “Fomos ao local e encontramos os tabletes de maconha escondidos em duas caminhonetes e em um furgão. Um dos veículos está em nome da companheira do acusado. Ele foi preso em sua casa, onde encontramos o dinheiro escondido”, afirmou Resende.
Geraldo disse que recebeu a droga recentemente e acredita ter sido denunciado por algum morador. Ele afirmou que se envolveu com o tráfico há pouco tempo. “Fiquei dois anos trabalhando fora do país e quando voltei precisava de mais dinheiro para cuidar da minha família. É a ganância que leva a gente a fazer isso”, disse.
Desde 30 de outubro, agentes da Divisão de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal já apreenderam quase 3 toneladas de maconha em duas operações na Grande BH. Já na noite de sexta-feira, agentes da DRE apreenderam cerca de 200 quilos de cocaína e pasta-base no tanque de combustível de uma carreta, na MG-050, próximo a Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.
Tiroteio e mortes
Dois homens morreram e dois ficaram feridos em uma troca de tiros com policiais militares na Rua Maria da Conceição Bonfim, no Bairro Goiânia, Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com o major Cinério Gomes, do 16º Batalhão PM, denúncia anônima dava conta de um possível enfrentamento de gangues. Quando quatro guarnições da PM chegaram no local, se depararam com homens armados e teve início a troca de tiros. Davidson Almeida, de 29 anos, o Popó, morreu no local. Já Flávio da Costa, Edgar Faria Azevedo e Lismar de Oliveira Luz foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XIII. Flávio morreu antes do atendimento e Edgar foi levado para o bloco cirúrgico, com risco de morrer.