Guilherme Paranaiba e Juliana Ferreira
A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar se houve crime na queda do avião monomotor em Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas, no início da noite de sábado. As causas do acidente, no entanto, não serão apuradas pela corporação, que diz não ter competência técnica para determinar o que ocorreu. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram chamados para comparecer ao aeroporto da cidade, de onde o monomotor decolou e caiu a 30 metros de altura, mas disseram que não vão entrar nas investigações, por se tratar de um ultraleve. O acidente apenas será incluído nas estatísticas dos dois órgãos. O empresário Álvaro Celso Nogueira D'Almeida, de 61 anos, que pilotava a aeronave modelo RV-6A, prefixo PU-MED, foi enterrado ontem em Divinópolis, Centro-Oeste.
Segundo o delegado de plantão Alisson Henrique Marques Xavier, a principal ferramenta para a investigação será o laudo emitido pelo perito que compareceu ao local do acidente. Mas se o documento não levantar nenhuma hipótese de crime, o inquérito deverá ser encerrado. De acordo com o perito Experidião Porto, que esteve no local, esse tipo de perícia é mais complicada, porque fica difícil atestar problemas anteriores ao acidente. “É difícil saber qual dano foi causado pelo impacto da aeronave no chão e qual já estava presente antes da queda”, diz ele.
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Queda de avião mata empresário em Bom DespachoSusto: ultraleve faz pouso forçado no Sul de MinasEx-prefeito de Bom Despacho é condenado por improbidade administrativaÁlvaro Celso era empresário do ramo de manutenção de turbina de caminhões e voltava sozinho de Bom Despacho, onde encontrou amigos no aeroclube da cidade, para Divinópolis. Segundo testemunhas, a hipótese mais provável é que o motor perdeu força quando o avião estava a cerca de 30 metros de altura, pouco tempo depois da decolagem. Não houve explosão no local.