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Estado de Minas

PM está em alerta após incêndio de ônibus em BH

Gangue incendeia coletivo em represália a mortes em tiroteio com militares. Policiamento é reforçado na área


postado em 18/11/2013 06:00 / atualizado em 18/11/2013 07:35

Juliana Ferreira

Depois de atentado cometido de madrugada, policiais levantam nomes de integrantes de quadrilha que age em bairro da Região Nordeste(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press.)
Depois de atentado cometido de madrugada, policiais levantam nomes de integrantes de quadrilha que age em bairro da Região Nordeste (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press.)
 

A Polícia Militar reforçou o policiamento no Bairro Goiânia, Região Nordeste de Belo Horizonte, para evitar novas represálias ao tiroteio entre policiais e criminosos que terminou com três mortos e um ferido no sábado. O comando do 16º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da área, pediu apoio da Rotam e da Companhia de Cães depois que um ônibus da linha 5503 (Goiânia - Centro) foi incendiado na madrugada de ontem. Militares estão tentando identificar suspeitos de integrar a Gangue dos Ferreiros, que assumiu o ataque. O veículo foi totalmente destruído, mas ninguém se feriu.

Testemunhas contaram à polícia que o ônibus seguia pela Rua Tiziu, no Bairro Goiânia, por volta das 4h de domingo, quando quatro homens deram sinal de parada. O grupo ordenou que o motorista, o cobrador e os passageiros descessem antes de atear fogo ao veículo. Os suspeitos disseram às vítimas que o incêndio foi provocado como represália à ação da PM no aglomerado, onde um adolescente e dois homens morreram após serem baleados por militares. Davidson de Almeida, de 28 anos, conhecido como Popó, morreu no local. F.C.C.J, de 17, e Liomar Henrique de Oliveira da Luz, de 24, foram socorridos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiram. O quarto ferido, Edgar Faria de Azevedo, 19, continua internado na unidade, em estado estável, sob escolta.

Os quatro atingidos no confronto tinham passagem por roubo a casas, sequestro relâmpago e tráfico de drogas. Eles eram monitorados pela PM, por suspeita de chefiar a venda de entorpecentes na região. Recentemente, a gangue da qual faziam parte entrou em confronto com outra, do Bairro Alvorada.

Os policiais montaram o cerco à casa onde estavam os suspeitos, no sábado, na Rua Maria da Conceição Bonfim, após denúncias anônimas sobre a quadrilha. O comandante da 22ª Companhia da PM, major Cinério Gomes, disse que a equipe de militares foi recebida a tiros e revidou. “Tivemos que intervir. Mantivemos o policiamento e já estamos executando um plano de identificação dos suspeitos. Qualquer cidadão que souber o paradeiro deles pode denunciar pelos telefones 181 ou 190”, diz.

A PM trabalha em conjunto com a Polícia Civil para identificar quem colocou fogo no ônibus. Militares passaram o domingo levantando informações de todos os moradores que já cometeram crimes. Apesar das buscas na região, nenhum suspeito havia sido preso até a tarde de ontem.



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