Juliana Ferreira
A Polícia Militar reforçou o policiamento no Bairro Goiânia, Região Nordeste de Belo Horizonte, para evitar novas represálias ao tiroteio entre policiais e criminosos que terminou com três mortos e um ferido no sábado. O comando do 16º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da área, pediu apoio da Rotam e da Companhia de Cães depois que um ônibus da linha 5503 (Goiânia - Centro) foi incendiado na madrugada de ontem. Militares estão tentando identificar suspeitos de integrar a Gangue dos Ferreiros, que assumiu o ataque. O veículo foi totalmente destruído, mas ninguém se feriu.
Os quatro atingidos no confronto tinham passagem por roubo a casas, sequestro relâmpago e tráfico de drogas. Eles eram monitorados pela PM, por suspeita de chefiar a venda de entorpecentes na região. Recentemente, a gangue da qual faziam parte entrou em confronto com outra, do Bairro Alvorada.
Os policiais montaram o cerco à casa onde estavam os suspeitos, no sábado, na Rua Maria da Conceição Bonfim, após denúncias anônimas sobre a quadrilha. O comandante da 22ª Companhia da PM, major Cinério Gomes, disse que a equipe de militares foi recebida a tiros e revidou. “Tivemos que intervir. Mantivemos o policiamento e já estamos executando um plano de identificação dos suspeitos. Qualquer cidadão que souber o paradeiro deles pode denunciar pelos telefones 181 ou 190”, diz.
A PM trabalha em conjunto com a Polícia Civil para identificar quem colocou fogo no ônibus. Militares passaram o domingo levantando informações de todos os moradores que já cometeram crimes. Apesar das buscas na região, nenhum suspeito havia sido preso até a tarde de ontem.