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Estado de Minas

Prefeito apresenta projeto de adensamento urbano para deputados estaduais

Projeto permite adensamento em área de 25 quilômetros quadrados na capital. O objetivo é direcionar o crescimento da cidade para regiões no entorno do metrô e do Move - sistema rápido por ônibus (BRT)


postado em 19/11/2013 21:08 / atualizado em 19/11/2013 20:26

A operação urbana consorciada (OUC) que propõe a reestruturação das avenidas Antônio Carlos, Pedro I e as avenidas dos Andradas e Tereza Cristina e ainda a Via Expressa, foi apresentada na tarde desta terça-feira pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A requalificação das vias teria como objetivo direcionar o crescimento da cidade para regiões no entorno do metrô e do Move – sistema rápido por ônibus (BRT).

Ao todo, o projeto propões a reestruturação de aproximadamente 25 quilômetros quadrados ao longo das avenidas Antônio Carlos, Pedro I, avenidas dos Andradas, Tereza Cristina, e Via Expressa. “Uma tendência mundial hoje é você organizar o crescimento, planejar o crescimento em torno dos grandes eixos de transporte público de massa. No entorno das linhas do metrô, nos corredores do BRT e das estações, você faz um planejamento de uso misto habitacional, comercial, áreas de lazer e de esporte, que façam com que as pessoas possam viver, trabalhar e se divertir no entorno sem ter se deslocar muito. Com isso, resolvemos o problema de mobilidade”, explicou o prefeito.

O coeficiente de aproveitamento (CA) do terreno, cujo índice máximo atual é de 3,4, poderá chegar a 6 na área da operação, o que deve resultar na construção de prédios mais altos. Em áreas com CA de 6, por exemplo, é possível construir até seis vezes a área do terreno. A prefeitura espera arrecadar cerca de R$ 4 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões se destinarão a investimentos em 189 obras – como parques, praças, escolas e centros de saúde – e em 268 quilômetros de novas vias, calçadas, passarelas e ciclovias, entre outras iniciativas.

Ao ser questionado sobre o aumento da verticalização que o projeto poderia causar, Lacerda afirmou que a situação será controlada. “Seria uma verticalização controlada com grandes espaços entre um edifício e outro. Nos locais seriam áreas de lazer, de circulação e área de convivência. Então, não é uma verticalização como que aconteceu em outras áreas da cidade que a gente sabe que com efeitos não muito benéficos”, disse.

O projeto recebeu algumas críticas por parte dos parlamentares. “Este é apenas o início de uma ampla discussão sobre um projeto que prevê legados e impactos. Por isso, não pode ainda ser colocado em votação. Há regiões da cidade em que o adensamento será elevado em até seis vezes. Em Barcelona e outras cidades nas quais algo desse tipo aconteceu a reestruturação foi feita em áreas mais restritas. E apenas 25% dos investimentos estão previstos para mobilidade urbana”, questionou o deputado Fred Costa (PEN).

Na próxima terça-feira, será realizada uma audiência pública no Colégio Izabela Hendrix, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH, onde especialistas e comunidade poderão se inteirar sobre o projeto. Dois dias depois, haverá uma reunião no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) onde será apresentado o projeto de impacto e vizinhança.


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