Mudanças à vista no projeto Nova BH, que pretende transformar a cara da capital a partir da ocupação e da renovação imobiliária nos eixos das avenidas Antônio Carlos/Pedro I e Andradas/Tereza Cristina/Via Expressa. Por sugestão do Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), a prefeitura acena com alterações no projeto para evitar edificações maiores próximas à área protegida no Bairro Santa Tereza, na Região Leste. A proposta será votada na reunião plenária do Compur, no dia 28, mas já foi apresentada a representantes do bairro.
A recomendação da Diretoria de Patrimônio Cultural do município consta no relatório do Compur sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), elaborado pela própria prefeitura de BH. Segundo a diretriz, as quadras do Santa Tereza próximas à Avenida dos Andradas teriam sua classificação alterada de “galeria” para “preservação”, o que representa uma redução na capacidade de construção nos terrenos, com a redução do Coeficiente de Aproveitamento (CA) de 4,8 para 1,5. Ou seja, um terreno de 1 mil metros quadrados que teria a permissão para erguer um prédio de 4,8 mil metros quadrados poderá construir, no máximo, 1,5 mil metros quadrados.
Hoje, o Ministério Público estadual promove audiência pública sobre o Nova BH, em que representantes da prefeitura darão esclarecimentos sobre o projeto à comunidade. “As informações que temos são superficiais”, afirma o representante do Movimento das Associações de Moradores de Belo Horizonte (MAM-BH) Fernando Santana.
Leilão Em audiência na Assembleia Legislativa, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, anunciou que pretende realizar no primeiro trimestre de 2014 o leilão dos certificados de potencial adicional de construção (Cepacs) da nova operação urbana. Segundo ele, o objetivo é arrecadar e investir R$ 4 bilhões em 20 anos. Os recursos serão usados na construção de praças, centros de saúde, escolas e a restauração de imóveis.
Centro Administrativo
A Prefeitura de Belo Horizonte informou ontem que estuda outras alternativas, além do Bairro Lagoinha, para instalação do novo Centro Administrativo. A PBH deve lançar concurso de arquitetura com opções de outros dois possíveis locais, mas não confirmou a desistência pela área na Região Noroeste.