Os dois policiais civis baleados por um PM na tarde passada no Bairro Juliana, Região Norte de Belo Horizonte, passam bem nesta quarta-feiraSegundo a assessoria de imprensa do Hospital Risoleta Neves, ao dar entrada, os policiais foram levados imediatamente ao pronto atendimento da equipe cirúrgicaO investigador Marcelo Batista Bento permanece internado no localEle está consciente, o estado de saúde dele é estável e não há previsão de altaEle não corre risco de morrerO escrivão Marcelo Gonçalves Ferreira foi transferido na noite de terça-feira para o Hospital Vera Cruz, também consciente e estávelConforme a instituição, ele deu entrada às 23h e recebeu alta às 7h desta quarta.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou, por meio de nota divulgada ontem, que as corregedoria das polícias Civil e Militar estão envolvidas nas investigações do casoNa tarde de ontem, após o caso, os ânimos entre representantes das duas corporações ficaram acirradosO quarteirão da Rua João Samaha, na esquina com a Rua DrÁlvaro Camargos, no Bairro São João Batista, em Venda Nova, foi tomado por cerca de 120 policiais, que apontaram armas mutuamente, inclusive metralhadoras e fuzisComerciantes fecharam as portas e moradores ficaram assustados.
O tiroteio começou no Bairro Juliana, onde o escrivão, o investigador e outro policial da 3º Delegacia de Vespasiano, na Grande BH, foram abordar um suspeito que desceu de uma moto e entrou em uma papelaria na Rua Cheflera
Pensando que o civil era bandido, o militar atirou e o atingiu no ombroMarcelo trocou tiros com Samuel, que usava pistola calibre 380Um tiro do PM acertou também o investigador Marcelo Bento, dentro da viatura descaracterizadaApenas após a confusão eles perceberam o mal-entendido“Ele chegou atirando, sem se identificarQuando fui atingido, pensei que era um comparsa do homem que tinha reagidoSó depois de atirar é que o PM se identificou”, disse MarceloOs dois policiais foram levados para o Hospital Risoleta Neves, sem risco de morrer.
Vídeo mostra a movimentação na porta da delegacia
Policiais das duas corporações chegaram ao local, onde os ânimos ficaram exaltados
Segundo a Polícia Civil, a investigação definirá se o cabo será indiciado por dupla tentativa de homicídioEle responderá na Justiça comum, já que não estava de serviçoO subcorregedor da Civil, Elder Dângelo, informou que, se militares apresentarem queixas formais contra os civis, eles podem ser punidos.
Abordado pelos policiais civis, Alex Goulart, de 23 anos, contou na delegacia que o primeiro disparo foi dado pelo cabo, que não se identificouEle tem passagem por tráfico de drogas, estava sem habilitação e documento da moto e disse que foi à loja comprar cartão de celular.