Jornal Estado de Minas

Pedreiro é assassinado em suposto crime passional no Bairro Carlos Prates

Antônio Cardoso Coelho, de 62 anos, foi encontrado com hematomas no rosto e caído dentro de um imóvel. A suspeita do crime é uma amante dele e o companheiro dela

João Henrique do Vale Thiago Lemos
Imóvel onde o pedreiro foi encontrado por colegas de trabalho - Foto: Thiago Lemos/EM/D.A.Press

Um pedreiro foi brutalmente assassinado na madrugada desta sexta-feira no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo HorizonteO homem, de 62 anos, foi encontrado por colegas de trabalho com várias hematomas no rosto provocados por agressõesSegundo a Polícia Militar (PM), a suspeita do crime é uma mulher que tinha um relacionamento com a vítima e com um outro homem O companheiro dela também é procurado

O pedreiro Antônio Cardoso Coelho era morador do Bairro Carlos Prates, porém, foi despejado e se mudou para Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo HorizonteEle arrumou um serviço no Bairro Padre Eustáquio e recebeu um convite de um amigo, um empreiteiro que trabalha em um obra na Rua Padre Eustáquio, para dormir no imóvel em construção enquanto realizava o trabalhoA vítima ia no imóvel apenas para passar a noite e saía de manhã

Nesta sexta-feira, alguns pedreiros que trabalham na construção da casa estranharam que Antônio não deixou as chaves do imóvel no local de sempreQuando chegaram no local, pediram para um vizinho, que morava no mesmo lote, para abrir o portãoAs testemunhas foram direto para a casa onde o pedreiro dormia e encontraram vários documentos dele jogados no chãoQuando entraram em um quarto, viram a vítima nua caída no chão com vários hematomas pelo rosto


De acordo com o soldado Wallysson Meireles o imóvel não tinha sinais de arrombamento“Tudo indica que ele abriu o portão e fez isso provavelmente porque conhecia a pessoaComo só dormia no local, certamente não abriria a porta para nenhum desconhecido a noite”, explicaSegundo o policial, a vítima estava com olho roxo, dentes quebrados e pode ter morrido engasgado com o próprio sangueNenhum objeto que possa ter sido usado no crime foi encontrado

Antônio Coelho sofreu vários ferimentos no rosto - Foto: Thiago Lemos/EM/D.A.PressColegas de trabalho afirmaram que viram Antônio pela última vez na noite de quinta-feira quando ele chegou no imóvel com uma garrafa de cachaça junto com o ajudanteEste, por sua vez, contou que saiu quando a companheira do pedreiro, identificada apenas como Baiana, chegou no localTestemunhas informaram que a mulher é usuária de crack e teria um relacionamento com outro homem

A polícia suspeita que o crime tenha sido cometido pelo casalUma quantia de R$ 300 que o pedreiro teria recebido dias antes também não foi encontrada
Câmeras de segurança da rua onde aconteceu o crime não conseguiram flagrar os suspeitos do assassinato, que ainda são procurados