O Ministério Público entrou com uma ação civil pública contra oito empresas responsáveis por pelos imóveis localizados na Rua GuaicurusO órgão argumentou que a atividade das empresas é ilícita, porque estão licenciadas para hotéis, mas funcionam como casas de prostituiçãoOs hotéis Requinte, Lírio, Privê, Stylus, a pensão Mineira, a organização Gam, Maria de Souza S.Ae José Gonçalves Samarone contestaram a ação com o argumento de que possuem licença municipal e funcionam legalmente no local há muitos anos
A maioria das empresas destacou que os seus ganhos são provenientes do pagamento de diárias pelos quartos, tanto para homens quanto para mulheresDemonstram ainda que integram o patrimônio imaterial da região da rua Guaicurus, “reconhecida como zona boêmia frequentada por autoridades”.
Para proferir a decisão, o juiz Renato Luís Dresch destacou que não teve inciativa similar em outros locais para encerrar as atividades das boates, hotéis e motéis de luxo onde também há prática de sexo remunerado“A demanda dirige-se unicamente aos estabelecimentos do hipercentro, frequentados por pessoas de menor posse”, afirmouTambém argumentou que a prostituição pode até sofrer repulsa social, mas a atividade não é ilícita
Como se trata de uma ação civil pública, mesmo que não sejam apresentados recursos, o processo será automaticamente remetido ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais para o reexame necessário.