A Prefeitura de Belo Horizonte adiou a licitação para o serviço de segurança das estações do sistema de transporte rápido por ônibus (BRT, na sigla em inglês). O pregão foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) no dia 9 e previa a contratação de uma empresa especializada de segurança eletrônica, com monitoramento durante 24 horas por dia. No pacote, estavam previstos sistemas de alarme, incluindo instalação, manutenção e fiscalização diária, além de viaturas e motos para rondas. Especialistas temem que o Move, como foi batizado o BRT da capital, comece a operar sem segurança presencial ou eletrônica.
A notícia do adiamento, no entanto, preocupa especialistas. Coordenador do Núcleo de Logística da Fundação Dom Cabral, o professor Paulo Resende, teme que não haja tempo hábil entre a assinatura do contrato e a instalação dos equipamentos, o que pode comprometer a inauguração do sistema. %u201CEstamos a pouco mais de dois meses da início da operação do BRT, em fevereiro, e adiamentos e atrasos podem ser perigosos. É preciso correr para resolver essas pendências, porque não é possível instalar um sistema dessa natureza sem segurança. Os passageiros podem ficar expostos a muitos riscos e também o patrimônio%u201D, acrescenta.
A BHTrans esclarece que a situação é provisória não afetará a data prevista para início da operação do BRT. Em nota, a empresa informa que os termos do edital foram questionados pelos interessados na concorrência, que por isso teve de ser adiada. A empresa afirmou que, tão logo os questionamentos forem respondidos, um novo edital será publicado para nova abertura do processo. Pelo termo de referência da licitação, a empresa vencedora da concorrência terá 10 dias, a contar da assinatura do contrato, para implantar e ativar os equipamentos de segurança. Deverá também informar, em tempo hábil, qualquer motivo que impeça ou impossibilite a execução do contrato.