A Prefeitura de Belo Horizonte convocou uma audiência pública para apresentar à população da capital a Operação Urbana Consorciada (OUC) Nova BH, que propõe o adensamento urbano em 7,5% do município e engloba 58 bairros
O projeto Nova BH, que enfrenta críticas de especialistas, está incluído no Estatuto das Cidades e, segundo a prefeitura, fará com que a capital se desenvolva de forma sustentável no entorno das avenidas Antônio Carlos e Pedro I e da Via Leste/OesteA área está dividida em 10 setores, que devem ganhar uma nova cara nos próximos 20 anosA proposta é vender certificados de potencial adicional de construção (Cepacs) para a iniciativa privada, autorizada a erguer edificações com novos limites de alturaA arrecadação, estimada em R$ 4 bilhões, será em parte usada em 189 obras, entre parques, praças, escolas e centros de saúde e em 268 quilômetros de novas vias, calçadas, passarelas e ciclovias.
O secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano, Marcello de Lima Santiago Faulhaber, disse que a audiência mostrará as propostas de intervenção e discutirá os pontos divergentes“O projeto foi feito durante dois anos com várias secretarias e com o apoio de consultoresAchamos que é a melhor versão, mas está aberto a sugestões e críticas, antes e durante a tramitação na Câmara”, explicou Faulhaber.
Segundo ele, a OUC será encaminhada ao Legislativo entre dezembro e janeiro pelo prefeito Marcio Lacerda após aprovação do estudo de impacto de vizinhançaO documento foi entregue ao Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) e aguarda aprovaçãoFaulhaber disse ainda que a convocação da audiência pública não está atrelada à recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que fez um encontro semelhante durante esta semana, mas não teve a presença de representantes da prefeitura
R$ 4 bilhões
É a arrecadação estimada com a venda de potencial construtivo nas avenidas do projeto
189
obras estão previstas como parques, praças, escolas e centros de saúde
268
quilômetros de novas vias, calçadas, passarelas e ciclovias fazem parte do projeto