Um site está na mira da Polícia Civil do Rio de Janeiro por indícios de incentivo à adoção ilegal, segundo o delegado adjunto da Delegacia Anti-Sequestro, Eduardo Soares. A página virtual teria sido usada por Renata Soares da Costa para discutir a entrega do filho ao casal de adolescentes cariocas. Segundo o policial, o site mantinha a frase ''Não entre em fila de adoção'', que, para ele, induz à prática criminosa. Uma cópia do site com a frase foi juntada ao auto de apreensão de adolescente por prática de ato infracional, encaminhado à Justiça, à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informativa do Rio de Janeiro e à Polícia Civil mineira.
''A adoção precisa de um processo e existe uma fila. É preciso se inscrever no Juizado (da Infância e Juventude), as famílias são analisadas e tudo deve passar pela Justiça'', informou o delegado. Ele solicitou à delegacia de crimes de internet para identificar os responsáveis e a localização da hospedagem da página.
O entendimento da polícia do Rio, no entanto, ainda não é o mesmo de Minas. Em fase de análise das conversas trocadas por e-mails entre Renata e a adolescente, policiais mineiros ainda não encontraram dado concreto que prove o envolvimento dos responsáveis pela página na prática de crimes. ''São 97 folhas com as trocas de e-mails. Tudo está sendo analisado. Em caso positivo, o site será investigado'', afirmou o chefe do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), Wanderson Gomes. A princípio, a página foi vista apenas como espaço de orientação no processo de adoção e foi usada pelas duas mulheres como forma de contato para a doação da criança.
O casal de adolescentes que veio a BH de táxi no sábado para buscar o bebê foi apresentado ontem à Vara da Infância e Juventude do Rio, onde participou de audiência. Até o início da noite, no entanto, eles ainda não haviam sido liberados. A avó da jovem disse que está arrasada e que a neta não sequestrou a criança.
O delegado Eduardo Soares explicou que os adolescentes podem responder por ato infracional com base no artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O texto trata da subtração de incapaz para colocação em lar substituto. Eles poderiam ser punidos com a determinação de cumprimento de medida socioeducativa ou serem levados para centros de internação de menores.
TRÁFICO Ambas as polícias não vêem na negociação para entrega do bebê indícios de envolvimento com tráfico de crianças. ''Não foi constatado nos mais de 20 e-mails trocados entre a mãe biológica nenhuma negociação sobre valores. O casal também nega que tenha pago. Apenas disseram que queriam uma criança e que pagaram R$ 1 mil a um taxista para buscá-lo em Minas'', disse Eduardo.
Nas conversas eletrônicas iniciadas em outubro, Renata chegou a dizer à adolescente que queria doar o filho, mas que não poderia revelar o motivo. Também pedia para que a garota cuidasse bem da criança. Em um dos últimos e-mails combinaram o encontro na rodoviária, dizendo a cor das roupas com que estariam.
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto atinge 10% das mulheres e leva ao afastamento do convívio social e familiar. Pode ser percebida por dificuldades na amamentação e é relacionada com o histórico de doenças psiquiátricas na família. O tratamento é feito com terapia e, em casos mais graves, medicação. O processo, às vezes, pode passar despercebido por parentes, até chegar a uma situação extrema. Se não tratada, a depressão pós-parto pode levar a mãe a desprezar o bebê. Um dos problemas que dificulta a identificação da doença é a rotina de cuidados com a criança nos primeiros meses, como choro excessivo, noites mal dormidas e cansaço da mãe.
''A adoção precisa de um processo e existe uma fila. É preciso se inscrever no Juizado (da Infância e Juventude), as famílias são analisadas e tudo deve passar pela Justiça'', informou o delegado. Ele solicitou à delegacia de crimes de internet para identificar os responsáveis e a localização da hospedagem da página.
O entendimento da polícia do Rio, no entanto, ainda não é o mesmo de Minas. Em fase de análise das conversas trocadas por e-mails entre Renata e a adolescente, policiais mineiros ainda não encontraram dado concreto que prove o envolvimento dos responsáveis pela página na prática de crimes. ''São 97 folhas com as trocas de e-mails. Tudo está sendo analisado. Em caso positivo, o site será investigado'', afirmou o chefe do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), Wanderson Gomes. A princípio, a página foi vista apenas como espaço de orientação no processo de adoção e foi usada pelas duas mulheres como forma de contato para a doação da criança.
O casal de adolescentes que veio a BH de táxi no sábado para buscar o bebê foi apresentado ontem à Vara da Infância e Juventude do Rio, onde participou de audiência. Até o início da noite, no entanto, eles ainda não haviam sido liberados. A avó da jovem disse que está arrasada e que a neta não sequestrou a criança.
O delegado Eduardo Soares explicou que os adolescentes podem responder por ato infracional com base no artigo 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O texto trata da subtração de incapaz para colocação em lar substituto. Eles poderiam ser punidos com a determinação de cumprimento de medida socioeducativa ou serem levados para centros de internação de menores.
TRÁFICO Ambas as polícias não vêem na negociação para entrega do bebê indícios de envolvimento com tráfico de crianças. ''Não foi constatado nos mais de 20 e-mails trocados entre a mãe biológica nenhuma negociação sobre valores. O casal também nega que tenha pago. Apenas disseram que queriam uma criança e que pagaram R$ 1 mil a um taxista para buscá-lo em Minas'', disse Eduardo.
Nas conversas eletrônicas iniciadas em outubro, Renata chegou a dizer à adolescente que queria doar o filho, mas que não poderia revelar o motivo. Também pedia para que a garota cuidasse bem da criança. Em um dos últimos e-mails combinaram o encontro na rodoviária, dizendo a cor das roupas com que estariam.
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto atinge 10% das mulheres e leva ao afastamento do convívio social e familiar. Pode ser percebida por dificuldades na amamentação e é relacionada com o histórico de doenças psiquiátricas na família. O tratamento é feito com terapia e, em casos mais graves, medicação. O processo, às vezes, pode passar despercebido por parentes, até chegar a uma situação extrema. Se não tratada, a depressão pós-parto pode levar a mãe a desprezar o bebê. Um dos problemas que dificulta a identificação da doença é a rotina de cuidados com a criança nos primeiros meses, como choro excessivo, noites mal dormidas e cansaço da mãe.