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Estado de Minas

DNA comprova que vigilante é pai de bebê doado pela mãe

A dúvida sobre a paternidade de Johney Lima Santos Nulhia, de 24, foi levantada pela mãe Renata Soares da Costa, de 19 anos, em depoimento à Polícia Civil


postado em 02/12/2013 07:41 / atualizado em 02/12/2013 07:58

 Johney observa da janela resultado do incêndio, que destruiu mesa, colchão e vários móveis (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press.)
Johney observa da janela resultado do incêndio, que destruiu mesa, colchão e vários móveis (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press.)

O vigilante Johney Lima Santos Nulhia, de 24, é o pai do pequeno Arthur, de 2 meses, que foi doado pela mãe Renata Soares da Costa, de 19 anos. O exame de DNA comprovou a paternidade, após dúvida levantada pela mãe em depoimento para a Polícia Civil. A dúvida dela chegou a ser cogitada como motivação para a entrega do menino. A criança está com o pai na casa da família dele. A residência onde moravam, antes do crime cometido por Renata, foi alvo de um incêndio no domingo e tudo indica que o fogo tenha sido provocado propositalmente.

Na semana retrasada, Renata entregou o menino a um casal de adolescentes do Rio e dizia que o bebê tinha sido raptado no Centro de BH, mas a polícia descobriu que a versão era uma farsa. Na segunda-feira passada, Arthur foi achado e entregue ao pai e a jovem declarou ter cometido o crime e não ter certeza sobre a paternidade da criança. Depois de ter sido presa em 25 de novembro, ela recebeu a liberdade provisória na última sexta-feira e, segundo sua advogada, para preservá-la e com medo das ameaças, ela foi encaminhada para uma fazenda em Poços de Caldas, no Sul de Minas.

A casa onde a família morava em Nova Contagem, na Grande BH, foi incendiada e a principal hipótese da perícia, vizinhos e familiares de Renata é de que o fogo tenha sido intencional. No momento do incêndio, na madrugada de ontem, não havia ninguém no imóvel. Desde a descoberta de que a jovem tinha entregado o bebê, o que teve repercussão nacional, a mulher, segundo afirma sua advogada, Claudinéia Gonçalves, estava sendo ameaçada por populares. “Ela está com medo de retaliações. Felizmente não havia ninguém na residência. Vamos arranjar um lugar seguro para ela ficar, o erro dela não justifica um crime como esse”, disse Claudinéia.

Antes de cometer o crime, Renata, o filho e Johney, com quem mantinha um relacionamento havia quatro anos, moravam nesse barracão de 32 metros quadrados fazia seis meses. O imóvel pertencia ao pai de Renata, Paulino Ferreira da Costa, de 46, e estava localizado em um terreno com outros quatro barracões, que Paulino aluga para outros moradores. O único acesso para todos eles é um portão que, segundo os vizinhos, tem livre acesso, já que não é trancado. Muitos contaram que uma estranha movimentação na rua começou à meia-noite. “Por volta das 4h, ouvimos os estrondos e, quando acordei, o fogo estava alastrando por todo o barracão”, conta um dos vizinhos, o pedreiro Adair Liberato.

De acordo com o perito Willian Marques, como os vidros quebrados da janela do quarto estavam sem resquícios do fogo, tudo leva a crer que eles foram quebrados antes do incêndio. “Se houve algum criminoso, ele quebrou os vidros e depois atacou fogo no quarto. Como a casa tem teto revestido com isopor, as chamas se propagaram para os outros cômodos”, disse.

Vários objetos foram queimados, como mesa, colchão e outros móveis. O que mais chamou a atenção dos curiosos e também da advogada é que os eletrodomésticos de maior valor, como a geladeira, fogão e até mesmo o computador do casal, não estavam mais na casa. Segundo o irmão de Johney, Darlan Lima Santos, de 17, Johney tinha retirado tudo aquilo que lhe pertencia depois da descoberta do caso. No entanto, Johney alegou ter retirado apenas o berço da criança. “Estou muito chocado com tudo isso. É muito triste ver o lugar onde morei dessa forma”, disse Johney, emocionado.

VINGANÇA

Parentes disseram que Renata ficou muito triste ao saber do incêndio e que ela está muito arrependida por ter entregue o filho a um casal do Rio de Janeiro. “Ficamos muito chocados com essa possível vingança contra a nossa filha. Quem fez isso queria prejudicá-la”, disse Paulino, que acredita que há ainda muita coisa a ser descoberta nessa história. “Há mais pessoas envolvidas nisso”, disse. Para a mãe de Renata, Maria Aparecida Gomes Soares da Costa, a jovem está doente e precisa de tratamento. “Não há explicação para o que ocorreu.” Johney também desconfia que a mulher esteja sofrendo de uma psicose pós-parto e disse à sogra que já arranjou um psiquiatra para ajudá-la. “Não quero o mal dela. Ontem (sábado) queria levar Arthur para vê-la. Estou preocupado com o estado emocional dela.

(Com informações de Luciane Evans)


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