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Estado de Minas

PM que atirou em dois policiais civis em BH é indiciado por dupla tentativa de homicídio

O cabo da Polícia Militar (PM) Samuel Cabral de Oliveira Andrade, de 30 anos, também vai responder por dano qualificado, já que durante a troca de tiros provocou avarias em uma viatura e uma moto


postado em 02/12/2013 14:48 / atualizado em 02/12/2013 15:03

Movimentação de policiais em frente a delegacia onde o militar foi levado(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Movimentação de policiais em frente a delegacia onde o militar foi levado (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

O cabo da Polícia Militar (PM) Samuel Cabral de Oliveira Andrade, de 30 anos, foi indiciado por dupla tentativa de homicídio qualificado por balear dois policiais civis em 20 de novembro no Bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte. O policial também vai responder por dano qualificado, já que durante a troca de tiros, provocou avarias em uma viatura e uma moto. O delegado responsável pelo caso, Hugo e Silva, da delegacia Regional de Venda Nova, concluiu as investigações na última sexta-feira e remeteu os documentos para a Justiça.

A confusão começou durante uma operação de policiais da 3ª delegacia de Vespasiano na Rua Cheflera. O escrivão Marcelo Gonçalves Ferreira, o investigador Marcelo Batista Bento e um outro policial estavam em uma viatura descaracterizada em uma investigação para procurar um suposto traficante que estaria na região.

O motorista da viatura foi até a loja e abordou o rapaz suspeito. Nesse momento, o cabo da PM, que é marido da dona da papelaria e mora ao lado da loja, viu o escrivão atravessando a rua com uma arma para dar apoio ao colega. Pensando que o civil era bandido, o militar atirou e contra os policiais. Houve uma intensa troca de tiros.

O investigador Marcelo Bento, de 31, que estava no banco de trás da viatura e tentava descer, acabou levando um tiro no tórax. Já Marcelo Ferreira foi atingido no ombro. Os dois foram socorridos para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Ferreira deixou a unidade de saúde no dia seguinte a confusão. Já Bento recebeu alta no último dia 20.

Policiais militares e civis chegaram a se envolver em discussões(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Policiais militares e civis chegaram a se envolver em discussões (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Confusão entre as corporações

Quando a troca de tiros acabou, diversas viaturas da Polícia Militar e da Polícia Civil foram para o local dar apoio aos colegas. O clima ficou tenso entre as duas corporações. Conforme a Polícia Civil, a confusão começou depois que os militares queriam levar o cabo e o suspeito abordado na delegacia para fazer o boletim de ocorrência no 49ª Batalhão da PM, onde o militar é lotado.

A situação só foi controlada depois que a corregedoria da Polícia Civil chegou no local e fez um acordo para que a ocorrência fosse encerrada na 7ª Delegacia de Venda Nova. Quando as viaturas já se dirigiram para o local, uma nova confusão se formou ainda mais calorosa.

A viatura da PM, que seguia pela Rua Doutor Álvaro Camargos em direção a Rua Martinica, onde fica a delegacia, desviou na Rua João Samaha, no Bairro São João Batista. Os policiais civis, que pensaram que os militares iram descumprir o acordo, ficaram revoltados e fecharam o veículo. Neste momento, alguns agentes, tanto da Polícia Civil quanto da Militar, sacaram as armas e começaram as ameaças. A situação novamente foi contornada e todos seguiram para a delegacia.

Devido a grande concentração de policiais e com o medo de acontecer alguma confusão, os comerciantes fecharam as portas.



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