Jornal Estado de Minas

Imóvel onde Conde morou em Mariana terá de passar por reformas emergenciais

O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) recomendou à prefeitura cidade que elabore um projeto para obras emergenciais no imóvel conhecido como Casa do Conde de Assumar

João Henrique do Vale
Um dos pontos turísticos de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, terá de passar por uma revitalização
O Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG) recomendou à prefeitura cidade que elabore um projeto para obras emergenciais no imóvel conhecido como Casa do Conde de AssumarO Município terá um prazo de 15 dias para elaborar o documento para o escoramento da edificação, além de proteção com lona nos locais que sofreram desmoronamentoAssim que aprovado o projeto pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), as obras deverão ser realizadas em até 20 dias.

A Casa Conde de Assumar é uma das construções históricas de MarianaNela, residiu Dom Pedro de Almeida, o Conde de AssumarEle era governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro Na revolta de mineradores, conhecida como Sedição de Vila Rica, o prédio serviu como local de articulações e resistência O imóvel abrigou posteriormente DFrei Manuel da Cruz, o primeiro bispo de Mariana.

O local está em avançado estado de degradaçãoEm 2012, o Iphan chegou a notificar a Ordem Terceira de São Francisco, proprietária do imóvel, e a própria prefeitura, que recebeu a Casa em regime de comodato, alegando a necessidade de reparos urgentes no localO município se comprometeu a realizar as obras, porém, um ano depois, nenhuma providência foi tomada.

A Casa do Conde de Assumar está incluída no PAC das Cidades Históricas para passar por reformas
Porém, para o procurador da República Bruno José Silva Nunes, medidas urgentes terão de ser tomadas para preservar o imóvel“Ainda que esteja prevista a destinação de recursos do PAC das Cidades Históricas para a reforma da Casa Conde de Assumar, o processo de arruinamento do imóvel é tão grave, que não será possível esperar o início das obras incluídas no programa federalA proximidade do período de chuvas só tende a agravar ainda mais a situação”, afirma

O MPF também recomendou o isolamento provisório da edificação, a afixação de sinalização educativa e a instalação de vigilância permanente, de maneira a evitar invasão ou depredação por terceiros Caso a Prefeitura não faça as obras, o Iphan deverá assumir a responsabilidade da revitalização