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Estado de Minas

Policial civil se desentende com militares dentro de Companhia da PM e acaba detido

As corregedorias das policias Civil e Militar vão investigar o caso. Policial civil foi autuado por direção perigosa, já que chegou na Companhia da PM em alta velocidade e dando frenagens fortes


postado em 03/12/2013 16:59 / atualizado em 14/08/2014 15:04

As corregedorias das policias Civil e Militar vão investigar mais uma confusão envolvendo agentes das duas corporações. Desta vez, o tumulto aconteceu dentro da 8ª Companhia do 34º Batalhão Polícia Militar no Bairro Alípio de Melo, na Pampulha. Um investigador foi até o local para pedir ajuda aos militares, porém acabou se desentendendo com os policiais que o algemaram. A PM afirma que o homem estava alterado e apresentava suspeita de ter consumido “substância psicoativa”, conforme consta no Boletim de Ocorrência. Em novembro, um cabo da PM baleou dois policiais civis que faziam operação no Bairro Juliana, na Região Norte de BH, após confundi-lo com assaltante. O caso causou atritos entre as duas corporações.

De acordo com a PM, um soldado que estava na companhia ouviu um forte barulho de frenagem na porta do local e foi averiguar o que acontecia. Segundo relatos do militar, um policial civil entrou no quartel “falando alto e de forma hostil”, como consta no boletim de ocorrência. O investigador também fumava um cigarro, motivo que foi repreendido por outros policiais militares.

Segundo o boletim de ocorrência, os PMs pediram para ele apagar o cigarro, mas ele não atendeu a ordem. “Então pode me prender. Porque não vou apagar o cigarro”, teria dito o investigador. Em seguida, o policial civil seguiu até uma varanda da companhia. Durante uma conversa com um militar, ele avançou contra o soldado e tentou pegar o cinto onde guarda a algema e a arma.

Outros militares que estavam no local foram para cima do investigador e conseguiram contê-lo. O homem foi algemado e levado para a Central de Flagrantes (Ceflan). A Polícia Civil foi acionada e acompanhou o encerramento do caso. O policial civil foi levado em seguida para o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran) onde foi autuado por direção perigosa.

A Polícia Civil contou a versão do investigador R. H. M. N., da delegacia Noroeste. De acordo com a corporação, R. afirmou que foi até a companhia pedir reforço aos militares porque sua casa havia sido arrombada pela ex-mulher dele. O investigador voltou para a residência, mas nenhum policial foi até o local.

Por causa disso, segundo versão contada pela Polícia Civil, ele voltou para a companha e acabou se desentendendo com policiais militares, que conseguiram conter o homem e o algemaram. Conforme a corporação, o caso já foi enviado para a corregedoria das duas partes.

Tiros no Bairro Juliana

Esse foi o segundo desentendimento entre as duas corporações em menos de duas semanas. Em 20 de novembro, um cabo da Polícia Militar baleou três policiais civis no Bairro Juliana, na Região Norte de Belo Horizonte, após confundi-los com assaltantes. Na ocasião houve uma intensa troca de tiros entre os envolvidos. O cabo da Polícia Militar (PM) Samuel Cabral de Oliveira Andrade, de 30 anos, foi indiciado por dupla tentativa de homicídio qualificado e por dano qualificado, já que durante o tiroteio, provocou avarias em uma viatura e uma moto.


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