Jornal Estado de Minas

Fiscal é agredido por ambulante no Centro de Belo Horizonte

Vítima levou facada após repreender vendedor de cigarro

Flávia Ayer
Com o aumento do número de camelôs infiltrados entre hippies e índios no Centro de Belo Horizonte, fiscais pedem mais segurança para conseguir pôr a capital em ordem
O estopim foi a agressão a um auxiliar de fiscal durante ação rotineira na noite de anteontem, perto da Praça da EstaçãoDepois do episódio, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que já havia reclamado do perigo que ronda esses profissionais, reforçou ontem a necessidade de a Polícia Militar acompanhar a fiscalização de forma mais intensivaA Secretaria Adjunta de Fiscalização avaliou que o episódio foi uma fatalidade e que a PM estava presente na ação, mas anunciou patrulha com cinco viaturas para combater o comércio ambulante no fim do ano.

De acordo com a PM, por volta das 20h de segunda-feira, o auxiliar de fiscal Erivelton Alves Bias Fortes, de 34 anos, recebeu uma facada depois de abordar um vendedor de cigarro e informá-lo que a atividade era proibida, na esquina da Avenida dos Andradas com a Rua dos CaetésO ambulante, que costumava a trabalhar sempre nas imediações, fugiu e ainda não foi identificadoErivelton foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e, até o fechamento desta edição, seu estado de saúde era estávelO auxiliar é funcionário terceirizado e atua nas abordagens educativas, já que não tem a autorização para apreender mercadorias.

 O secretário-geral do Sindibel, Israel Arimar de Moura, que também é fiscal da prefeitura, cobra avaliação mais criteriosa dos riscos de cada operaçãoEle ressalta que o momento, às vésperas do Natal, também merece atenção“O movimento é muito maior e, agora, com a decisão judicial que libera hippies e índios a vender artesanato no Centro, se infiltram pessoas que não têm nada a ver”, diz.

O secretário-municipal Adjunto de Fiscalização, Alexandre Salles Cordeiro, afirma que ações contam com o apoio da PM conforme o risco, mas por uma questão de limitação do efetivo, não há como expandir a presença policial“Se a PM acompanhasse as ações, teríamos um batalhão com a genteEm casos mais complexos a PM sempre nos acompanha”, afirma
Na segunda-feira, o secretário afirma que Erivelton estava acompanhado de outro auxiliar e tinha o apoio de uma viatura com um fiscal, um policial e três agentes.