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Estado de Minas

Fiscal é agredido por ambulante no Centro de Belo Horizonte

Vítima levou facada após repreender vendedor de cigarro


postado em 04/12/2013 06:00 / atualizado em 04/12/2013 08:13

Com o aumento do número de camelôs infiltrados entre hippies e índios no Centro de Belo Horizonte, fiscais pedem mais segurança para conseguir pôr a capital em ordem. O estopim foi a agressão a um auxiliar de fiscal durante ação rotineira na noite de anteontem, perto da Praça da Estação. Depois do episódio, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), que já havia reclamado do perigo que ronda esses profissionais, reforçou ontem a necessidade de a Polícia Militar acompanhar a fiscalização de forma mais intensiva. A Secretaria Adjunta de Fiscalização avaliou que o episódio foi uma fatalidade e que a PM estava presente na ação, mas anunciou patrulha com cinco viaturas para combater o comércio ambulante no fim do ano.

De acordo com a PM, por volta das 20h de segunda-feira, o auxiliar de fiscal Erivelton Alves Bias Fortes, de 34 anos, recebeu uma facada depois de abordar um vendedor de cigarro e informá-lo que a atividade era proibida, na esquina da Avenida dos Andradas com a Rua dos Caetés. O ambulante, que costumava a trabalhar sempre nas imediações, fugiu e ainda não foi identificado. Erivelton foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e, até o fechamento desta edição, seu estado de saúde era estável. O auxiliar é funcionário terceirizado e atua nas abordagens educativas, já que não tem a autorização para apreender mercadorias.

 O secretário-geral do Sindibel, Israel Arimar de Moura, que também é fiscal da prefeitura, cobra avaliação mais criteriosa dos riscos de cada operação. Ele ressalta que o momento, às vésperas do Natal, também merece atenção. “O movimento é muito maior e, agora, com a decisão judicial que libera hippies e índios a vender artesanato no Centro, se infiltram pessoas que não têm nada a ver”, diz.

O secretário-municipal Adjunto de Fiscalização, Alexandre Salles Cordeiro, afirma que ações contam com o apoio da PM conforme o risco, mas por uma questão de limitação do efetivo, não há como expandir a presença policial. “Se a PM acompanhasse as ações, teríamos um batalhão com a gente. Em casos mais complexos a PM sempre nos acompanha”, afirma. Na segunda-feira, o secretário afirma que Erivelton estava acompanhado de outro auxiliar e tinha o apoio de uma viatura com um fiscal, um policial e três agentes.


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