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Estado de Minas

Servidores protestam contra "congelamento" da Polícia Federal

Em manifestação montada na porta da Superintendência Regional, no Gutierrez, eles tentaram alertar a população sobre os mecanismos usados pelo governo para supervisionar previamente as investigações sobre corrupção


postado em 04/12/2013 17:33

(foto: Leandro Couri/EM DA Press)
(foto: Leandro Couri/EM DA Press)

Os policiais federais fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira na porta da Superintendência Regional da corporação no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. A categoria protesta contra o “congelamento” da Polícia Federal e acusam o governo de tentar barrar apurações de casos de corrupção. Eles querem alertar a população sobre mecanismos usados pelo Governo para “supervisionar previamente as investigações que envolvam políticos”. Com simbologia, os profissionais colocaram os distintivos sobre pedras de gelo. os policiais aproveitaram a possibilidade de que o condenado pelo mensalão, ex-diretor do Banco Rural Vinicius Samarane, pode se entregar na delegacia e chamaram atenção.

(foto: Leandro Couri/EM DA Press)
(foto: Leandro Couri/EM DA Press)
Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), há uma “notória retaliação às operações anticorrupção que aparentemente abalaram os bastidores políticos do país”. Conforme a Fenapef, nos últimos três anos a PF tem sido engessada com o corte expressivo de recursos, e com a desvalorização institucional dos agentes federais. Além disto, foram criados mecanismos para supervisionar previamente as investigações que envolvam políticos.

A federação apresentou dados do Sistema Nacional de Informações Criminais para sustentar o protesto de “congelamento” das atividades nos últimos sete anos. Em relação aos indiciamentos pelos crimes de quadrilha ou bando, geralmente relacionados ao crime organizado, a atuação da PF despencou de 4.941 indiciados em 2007, para apenas 759 em 2013, até o mês de novembro.

Sobre os crimes de peculato, apropriação ou desvio de recurso público por servidores a queda também foi expressiva, de 1.085 indiciados em 2007, para 185 em 2013, até o final do mês de novembro. O crime colarinho branco (emprego irregular de verbas públicas) caiu de 31 indiciamentos, em 2007, para apenas um em 2013. A Fenapef também apresentou a redução de investigações em casos de cobrança de propina, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


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