O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) quer a realização do julgamento dos manifestantes presos durante os protestos em sete de setembro antes da Copa de 2014Segundo o coordenador estadual das Promotorias Criminais, Marcelo Mattar, o objetivo é deixar claro que não haverá condescendência em caso de abusos em novas manifestações''Esperamos mais protestos antes da Copa e precisamos mandar um recado à sociedade'', avaliou o promotorMattar foi o responsável pela denúncia de 13 manifestantes durante o Sete de Setembro por incitação ao crime, formação de quadrilha, corrupção, dano (parte do grupo) e desacatoO processo corre na 7ª Vara CriminalA expectativa do promotor é de que as audiências com os acusados comecem até março.
Na última segunda-feira a Justiça do Rio de Janeiro condenou o primeiro participante dos protestos de 2013O morador de rua Rafael Braga Vieira, de 26 anos, foi sentenciado a cinco anos de prisão em regime fechadoEm 20 de junho, na primeira onda de manifestações, o acusado foi preso supostamente com dois coquetéis molotov no Centro do Rio de JaneiroA organização não governamental (ONG) Rio na Rua, que auxiliou na defesa de Rafael, diz que o morador de rua portava, na verdade, garrafas de um tipo de desinfetanteEle já tinha duas acusações por roubo e permanece preso na Casa de Custódia Cotrim Neto, em Japeri, Zona Norte do Rio.
Sobre os protestos de junho em Belo Horizonte, Marcelo Mattar afirmou que as investigações estão em ritmo lento por dificuldades de identificação dos manifestantes.''Muitos usavam capuz%u201D, argumentaEntre os 13 acusados dos protestos em sete de setembro na capital mineira, os que ficaram mais tempo na prisão ''26 dias'' foram Enieverson Mendes Rodrigues, conhecido como Ameba, líder da banda punk Ataque Epiléptico, e o também morador de rua Rodrigo Gonzaga Avelar
Histórico Os protestos do Dia da Independência vieram na esteira das manifestações de junho, ocorridas durante a Copa das ConfederaçõesUm dos argumentos era a destinação de recursos para a realização do Mundial de Futebol no país em contraste com a falta de investimentos de prefeituras, estados e União em segurança, saúde e educaçãoEm Belo Horizonte os protestos naquele dia terminaram em confronto com a polícia, que usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantesOs protestos ocorreram em pontos como a Praça Sete, Avenida Afonso Pena próximo à prefeitura e perto da chamada 3ª Àrea Integrada de Segurança Pública (Aisp), na Praça Raul Soares