A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira cinco envolvidos em uma rede de exploração sexual de adolescentes em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e Belo Horizonte. A senha para o crime de pedofilia, segundo a Polícia Civil, eram testes em escolas de futebol de clubes famosos de Minas. Os meninos eram ludibriados com a oferta de serem submetidos às provas, mas acabam aliciados e abusados sexualmente.
Os presos são um professor da rede federal de ensino e outro da rede municipal em BH, além de um repórter, um assessor de vereador e um funcionário da rede de saúde de Teófilo Otoni. De acordo com o delegado Alberto Tadeu, foram cumpridos, durante a Operação Rede Sexual, deflagrada hoje, os dois mandados de prisão na capital e três na cidade do interior.
As apurações começaram há cerca de cinco meses, quando um adolescente denunciou à polícia que foi procurado para um programa sexual. De acordo com o delegado, os envolvidos levaram adolescentes com idades entre 14 e 17 anos, do interior para a capital, com a permissão das famílias, sob a alegação de que eles seriam testados em times grandes.
Os meninos eram trazidos para um sítio na cidade de Esmeraldas, na Grande BH, onde ficam alojados sofrendo abusos sexuais constantes. Cerca de 10 meninos foram vítimas da quadrilha, conforme informou o delgado.
Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos ordens para apreensão de materiais na casa dos envolvidos. Segundo Tadeu, a polícia recolheu computadores, celulares, além de fotos e vídeos com adolescentes nus. O material será analisado e os presos ouvidos nos próximos dias.
Conforme o delegado, além da promessa de teste nos clubes, os adolescentes eram aliciados com dinheiro e ingressos para shows. Todos os presos serão levados para presídios ainda hoje e vão responder por favorecimento a prostituição e exploração sexual de vulnerável.