Jornal Estado de Minas

Trabalhadores da construção civil fazem protesto e deixam trânsito lento em BH

Os manifestantes, que estão em greve há sete dias, fecharam os cruzamentos da Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, por 25 minutos. Tempo que complicou o trânsito na região

João Henrique do Vale
Com cartazes, faixas e carros de som, os trabalhadores fecharam ruas e avenidas de BH - Foto: Felipe Castanheira/EM/D.A.Press

Trabalhadores da construção civil, que estão paralisados a sete dias, fizeram mais um protesto em Belo HorizonteNa tarde desta quinta-feira aproximadamente 70 pessoas fecharam os cruzamentos da Praça Sete, no Centro de Belo HorizonteCom faixas e cartazes, os manifestantes fecharam as avenidas Amazonas e Afonso Pena, por 25 minutos, tempo suficiente para complicar o trânsito em toda a região

De acordo com a BHTrans, o grupo se concentrou no início da manhã na Avenida Antônio Carlos, nas proximidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)Em seguida, foram para o centro de Belo HorizonteQuando chegaram na região central, os manifestantes chegaram a fechar o cruzamento entre as ruas São Paulo e GoitacazesEm seguida, foram para a Praça SetePor medida preventiva, as ruas de acesso ao local foram interditadasMilitares do Batalhão de Trânsito da PM acompanharam o protesto

Devido a manifestação, houve congestionamento nas avenidas Amazonas, Rua da Bahia, viaduto Castelo Branco, Praça Raul Soares, Praça Afonso Arinos, Rua Caetés, Avenida Afonso Pena esquina com Araguari

O protesto da categoria realiza nessa quarta-feira não terminou bem
Alguns trabalhadores provocaram uma quebradeira em um imóvel na Rua Artur Itabirano, na Região da PampulhaOperários que trabalhavam no local disseram que cerca de 300 pessoas invadiram o local no início da manhã e destruíram várias peças da construção

Trânsito ficou impedido na Praça Sete - Foto: Reprodução/BHTransSegundo o auxiliar de engenharia Emanuel Fuscald, os 50 trabalhadores que estavam no imóvel foram determinados pelo grupo a saírem do prédio, sob ameaças de morte e agressãoEm seguida, os manifestantes quebraram peças de granito, tubulação, danificaram a parte hidráulica e elétricaUm elevador parou com algumas pessoas quando a energia foi cortada, mas ninguém se feriu.

O Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) repudiou a violência durante o protestos dos trabalhadores ontem e anunciou que estuda medidas legais contra os responsáveis pelos danos

Os operários pedem melhorias nas condições de trabalho e mais segurança, o fim da terceirização de canteiros de obras, almoços e café da tarde e pisos salariais para todos os cargosA estimativa é que 90 mil dos 150 mil trabalhadores da capital estejam paralisados desde a última quinta-feira