Jornal Estado de Minas

Ribeirão recebe resíduos de fábrica e abastecimento de água é cortado em Pará de Minas

A interrupção do abastecimento foi feita nessa quinta-feira depois que uma rede subterrânea que recebe resíduos da Itambé se rompeu e jogou a carga de matéria orgânica em um ribeirão usado como captação de água

João Henrique do Vale
Moradores de Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, sofrem com a falta de água em alguns bairros da cidade
A interrupção do abastecimento foi feita nessa quinta-feira depois que uma rede subterrânea que recebe resíduos da Itambé se rompeu e jogou a carga de matéria orgânica em um ribeirão usado como captação de águaTécnicos da Copasa já estão no município para tentar resolver o problema.

Comerciantes do Bairro São Francisco ainda sofrem com a falta de água“A falta de água acontece há dois diasEstamos tendo que comprar água para servir os clientes”, disse Jéssica Roberta, funcionária de uma lojaDe acordo com Renilde Fernandes, que trabalha em um sacolão da cidade, a água apresentava odores fortes“Ontem (quinta-feira), a água estava com um cheiro muito estranhoÉ terrível ficar sem água, ainda mais neste calorãoAqui, estamos ficando sem água diretoEles disseram que não tem água no reservatório, mas com as chuvas, a situação melhorou”, disse

Segundo a Copasa, foi detectado o rompimento de uma rede subterrânea de esgotamento sanitário que recebe os resíduos da Itambé
Com isso, a matéria orgânica gerada pela fábrica alcançou o Ribeirão Paciência, que é uma das captações de águas da cidadeO abastecimento acabou interrompido de forma preventiva

A Companhia informou que realizou análises bacteriológicas e físico-químicas da água distribuída para a população que confirmaram que ela está apta para o consumoApós o fim da manutenção, a barragem da captação do Ribeirão Paciência será esvaziada para que toda a água seja trocada.

A Prefeitura de Pará de Minas afirmou que tomou conhecimento da situação nessa quinta-feiraÓrgãos de saúde do município foram acionados e uma coleta da água foi feita para análise da Vigilância SanitáriaTambém foram feitas denúncias à Polícia Ambiental, Ministério Público e a Agência Reguladora de Água e Esgoto (ARSAE-MG).