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Estado de Minas

Ribeirão recebe resíduos de fábrica e abastecimento de água é cortado em Pará de Minas

A interrupção do abastecimento foi feita nessa quinta-feira depois que uma rede subterrânea que recebe resíduos da Itambé se rompeu e jogou a carga de matéria orgânica em um ribeirão usado como captação de água


postado em 06/12/2013 16:42 / atualizado em 06/12/2013 16:50

Moradores de Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, sofrem com a falta de água em alguns bairros da cidade. A interrupção do abastecimento foi feita nessa quinta-feira depois que uma rede subterrânea que recebe resíduos da Itambé se rompeu e jogou a carga de matéria orgânica em um ribeirão usado como captação de água. Técnicos da Copasa já estão no município para tentar resolver o problema.

Comerciantes do Bairro São Francisco ainda sofrem com a falta de água. “A falta de água acontece há dois dias. Estamos tendo que comprar água para servir os clientes”, disse Jéssica Roberta, funcionária de uma loja. De acordo com Renilde Fernandes, que trabalha em um sacolão da cidade, a água apresentava odores fortes. “Ontem (quinta-feira), a água estava com um cheiro muito estranho. É terrível ficar sem água, ainda mais neste calorão. Aqui, estamos ficando sem água direto. Eles disseram que não tem água no reservatório, mas com as chuvas, a situação melhorou”, disse.

Segundo a Copasa, foi detectado o rompimento de uma rede subterrânea de esgotamento sanitário que recebe os resíduos da Itambé. Com isso, a matéria orgânica gerada pela fábrica alcançou o Ribeirão Paciência, que é uma das captações de águas da cidade. O abastecimento acabou interrompido de forma preventiva.

A Companhia informou que realizou análises bacteriológicas e físico-químicas da água distribuída para a população que confirmaram que ela está apta para o consumo. Após o fim da manutenção, a barragem da captação do Ribeirão Paciência será esvaziada para que toda a água seja trocada.

A Prefeitura de Pará de Minas afirmou que tomou conhecimento da situação nessa quinta-feira. Órgãos de saúde do município foram acionados e uma coleta da água foi feita para análise da Vigilância Sanitária. Também foram feitas denúncias à Polícia Ambiental, Ministério Público e a Agência Reguladora de Água e Esgoto (ARSAE-MG).


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