Dois homens que confessaram ter executado um colega de trabalho em São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram apresentados na tarde desta sexta-feira. Os dois funcionários de uma empresa de confecção e instalação de telhas afirmaram que o crime foi planejado depois de uma desavença por causa de uma ação trabalhista movido por outros empregados da indústria. A vítima foi encontrada morta dentro do porta malas de um carro no último sábado, dois dias antes de seu casamento. Um terceiro envolvido no assassinato ainda é procurado.
A intriga entre os colegas de trabalho começou depois que alguns funcionários entraram com uma ação na Justiça. A vítima, Davidson Rodrigues de Paula, foi chamado como testemunha dos autores da ação, enquanto os criminosos, Felipe Pedro Duarte, de 24 anos, e Jonathas Santos Ribeiro, de 22, seriam ouvidos em favor da empresa.
Durante o processo, os autores afirmaram que estavam sendo ameaçados por Davidson e pelos outros colegas. “Os suspeitos afirmaram que o grupo que entrou com a ação queria que os dois não testemunhassem em favor da empresa. Com medo, depois que ficaram sabendo de um boato dizendo que Davidson queria comprar uma arma, programaram o crime”, afirma o delegado Henrique Solla, responsável pela investigação.
Para atrair a vítima, que estava vendendo um som automotivo, Felipe afirmou que iria comprar o produto e marcou um encontro na casa dele, no Bairro São Joaquim de Bicas. “Quando Deividson já estava na residência, Felipe ligou para Jonathas, que seguiu para o local junto com um comparsa”, conta o delegado.
Ao chegar no imóvel, Jonathas desceu de um carro armado com um revólver calibre 38 e rendeu a vítima, que desmontava o som. Deividson foi amarrado com as mãos para trás com os cabos do aparelho e colocado dentro do porta malas de um veículo. Os criminosos seguiram até uma estrada no Bairro Farofas, ainda em São Joaquim de Bicas, e cometeram o assassinato. “No local, Jonathas sacou um revólver calibre 38 e deu dois tiros a queima roupa na cara da vítima. Em seguida, desceu do carro e deu o tiro de minerva pela janela do banco traseiro”, diz o delegado.
Felipe e Jonathas acabaram presos na empresa onde trabalhavam. Nenhum dos dois têm passagens pela polícia. A polícia já identificou o terceiro homem envolvido no homicídio e realiza buscas para prendê-lo.