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Estado de Minas

Prefeitura planeja operação conjunta para evitar transtornos no carnaval de Belo Horizonte

Um milhão de foliões são esperados. Para não repetir os problemas de 2013, a prefeitura terá postos de vigilância 24 horas por dia perto dos locais de maior aglomerações em todas as regionais da cidade


postado em 07/12/2013 06:00 / atualizado em 07/12/2013 07:25

Bloco do Delírio desfilou no Bairro Funcionários, com sucesso(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 12/2/13)
Bloco do Delírio desfilou no Bairro Funcionários, com sucesso (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 12/2/13)

Um milhão de foliões devem tomar as ruas de Belo Horizonte no carnaval de 2014. Para que os transtornos da última festa não se repitam, a prefeitura vai instalar postos de funcionamento 24 horas por dia para vigiar de perto as aglomerações nas nove regionais da capital. Agentes da BHTrans, Guarda Municipal, Fundação Municipal de Cultura, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros e Polícia Militar vão compor o grupo de controle, que pretende manter a ordem na cidade. A observação de perto vai permitir uma ação mais rápida em caso de problemas, segundo o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Mauro Werkema, que anunciou ontem medidas de segurança e investimentos em estrutura para a festa de 2014: R$ 5 milhões, 43% a mais que neste ano.


O saldo de 2013 foi negativo: sujeira espalhada pelas ruas, falta de lixeiras e banheiros químicos, inexistência de atendimento médico, vias bloqueadas pela multidão e moradores presos em casa devido à falta de um plano de trânsito insuficiente. No Bairro Santa Tereza, Região Leste, 20 mil pessoas se reuniram na Praça Duque de Caxias, o que levou os moradores a pedirem à administração da regional uma limitação de público. Associações dos bairros Santo Antônio e São Bento foram ao Ministério Público pedir providências. A solução encontrada pela Belotur foi a formação de uma comissão de pré-produção da folia, com a participação dos mesmos órgãos que vão compor os postos de fiscalização. O grupo definiu um planejamento com quatro frentes de atuação para uma infraestrutura que deixe a cidade segura e evite problemas de mobilidade.

“Vai ser um grande teste para a Copa do Mundo”, disse Mauro Werkema ao se referir à explosão de blocos de rua em BH. A Belotur cadastrou 72, mas 120 saíram às ruas, causando tumulto. A ideia é descentralizar o carnaval para todos os pontos da cidade. O primeiro passo é cadastrar os blocos, o que permitirá identificação e mapeamento para a montagem de um roteiro que não crie conflitos. A expectativa é que 200 se cadastrem até 15 de janeiro. O público de cada um pode chegar até 12 mil pessoas. “Em 2013, muitos desconheciam as regras. Estamos normatizando para evitar que um saia e já haja outro bloco na rua”, disse o diretor de operações e eventos da Belotur, Luiz Felipe Barreto. Ele confirmou, no entanto, que não há como controlar se outros grupos forem às ruas.  Os palcos Estação do Samba são outra aposta para espalhar os foliões. Serão três na área central: Savassi, Praça da Estação e Pampulha. Outros nove ficarão nas regionais.

Pelo menos 500 banheiros químicos serão instalados na capital, e a BHTrans montará uma operação especial para o fechamento de vias, desvio ou reforço de linhas de transporte coletivo. “Temos que garantir que as portas das casas fiquem livres e os veículos não fechem os cruzamentos. Só a partir do cadastro dos blocos, poderemos saber quantos fiscais serão colocados nas ruas”, explicou o gerente de operações especiais da BHTrans. O presidente da Associação Comunitária de Santa Tereza, Ibiraci do Carmo, disse que as principais reivindicações dos moradores do bairro foram atendidas com as medidas da Belotur. “Não é questão de controlar, mas organizar o que é possível. O sucesso depende 80% do folião”, afirmou.

DESFILES

Os desfiles das escolas de samba e dos blocos caricatos terão novo endereço a partir de 2014. Após 23 anos, as apresentações retornam à Avenida Afonso Pena, entre a Avenida Carandaí e a Rua da Bahia. Outra novidade é a competição em apenas uma categoria para as oito escolas. Onze blocos participarão da festa. O representante dos grupos na comissão de pré-produção do carnaval, o presidente da Canto da Alvorada, Carlos Damasceno, disse que a transferência do desfile para a terça-feira vai dar mais visibilidade e impedir competição com o público de Rio e São Paulo. “É para a Afonso que converge tudo”, disse.


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