A Escola Estadual Joaquim Afonso Rodrigues foi arrombada na madrugada desta terça-feira em Carmo da Mata, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Os invasores levaram computadores, notebooks, um celular e as câmeras de vigilância da escola, que poderiam ajudar a polícia a identificar os criminosos. A escola foi notícia em setembro deste ano quando a diretora proibiu o uso de bonés que tenham o código 4:20, considerando uma apologia ao uso de maconha. A decisão dividiu opiniões e gerou polêmica entre alunos nas redes sociais.
De acordo com a Polícia Militar (PM), fechaduras do portão principal e das portas da sala da diretora e outros cômodos foram destruídos. Ainda não há suspeitos pelo crime. A diretora da escola, Júnia Paixão, lamentou o crime e disse que as câmeras de vigilância foram adquiridas este ano. A diretoria já comunicou o roubo para a Superintendência Regional de Ensino da Secretaria de Estado de Educação.
A PM e a diretora não acreditam que ação seja uma retaliação à proibição de bonés. A polícia disse que vai levantar o nome de criminoso que praticam esse tipo de arrombamento na cidade para apurar a relação deles com o arrombamento na instituição de ensino.
Desde a primeira semana de setembro está valendo a proibição dos boné para todos os estudantes e segundo a direção, a restrição funcionou para conscientizar contra as drogas no ambiente escolar. Na época a diretoria divulgou uma nota explicando para pais e alunos o significado do código para justificar a proibição. “4:20: “é um código de referência ao consumo de maconha (cannabis). O significado está relacionado com a data 20 de abril, escolhida para celebrar o Dia da Erva ou Dia da Maconha. Também é comum ver escrito 4/20 ou 420. Segundo algumas versões, 420 era um código usado pelos policiais americanos para identificarem os indivíduos com algum envolvimento no uso da erva, seja como traficantes ou usuários.