Jornal Estado de Minas

Protesto de trabalhadores da construção civil complica trânsito na Região Centro-Sul de BH

Os trabalhadores fecham uma das pistas da Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Eles aguardam conciliação entre patrões e empregados

Alguns trabalhadores chegaram a sentar no canteiro central da avenida e comeram marmitas - Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press

Trabalhadores da construção civil em greve há nove dias fecham uma das pistas da Avenida Getúlio Vargas, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde desta terça-feira, onde o desembargador Marcus Moura Ferreira tenta uma conciliação entre patrões e empregadosPor causa da interdição, o trânsito é lento na região

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região (Stic-BH), a categoria reivindica almoço nos canteiros de obras (22 tíquetes de R$ 15 por mês, sem prejuízo para a cesta básica ,que já é fornecida), café da tarde (o da manhã já é servido) e reajuste de 12% dos saláriosEles recusaram a proposta de 7,5%Os trabalhadores querem salário de R$ 2,3 mil para pedreiro, carpinteiro, eletricista e marceneiro, que hoje ganham R$ 1.137,00, e de R$ 1,5 mil para os respectivos ajudantes, que hoje recebem R$ 743,60

Segundo o Stic-BH, o almoço nos canteiros de obras é servido apenas para os trabalhadores que chegam de outras cidades e estados e que moram em alojamentoEles querem a refeição para todosSe não houver acordo, o juiz pode designar uma nova audiência e apresentar uma proposta conciliatória para a categoria discutirMesmo assim, se não houver nenhuma decisão, será instituído um processo e a decisão fica por conta do colegiado do TRT

Os trabalhadores da construção civil ocupam parte da Avenida Getúlio Vargas desde o início da tardeAlguns deles estão deitados no asfalto, o que impede a passagem de veículos sentido Bairro Serra
Eles saíram em passeata pelo Centro convocando colegas de trabalho em canteiros de obra.

Houve um princípio de tumulto em frente ao TRT e três bombas foram detonadas pelos manifestantes, mas a situação foi rapidamente controlada por policiais militares do Batalhão de Choque, do Trânsito , 1º Batalhão e Rotam, que permanecem no local, protegendo a entrada do TRT