Aparecida Calazani, que ficaria com uma parte do dinheiro e daria o resto para um funcionário da instituição“É adiantado, não é?”, tornou a questionar a primeira“Tem que ser tudo adiantado, para o nome sair na listaÉ só você confiar em mimCom certeza, vai entrar”, garantiu a golpista.
A conversa está em uma das escutas telefônicas incluídas na investigação da Polícia Civil de Caratinga, no Vale do Rio Doce, que até amanhã pretende concluir o inquérito e pedir à Justiça a quebra do sigilo bancário de 21 suspeitos de participação no esquema que fraudava vestibulares de medicina em ao menos 11 faculdades particulares, oito em Minas e três no Rio de Janeiro
Segundo o delegado Fernando Lima, as contas-correntes dos envolvidos estão bloqueadas desde o dia 3, quando forma presos em operação simultânea nos dois estados“Também há contas que seriam de laranjas”, diz
Maria Aparecida, de 37 anos, é apontada pela polícia como uma das coordenadoras da quadrilhaEla era um dos “corretores”, pessoas responsáveis por atrair candidatos às vagas e oferecer o serviço
Dos 21 integrantes do bando presos, nove já foram soltos e deverão responder ao processo em liberdade, segundo outro delegado que trabalha no caso, Diogo MedeirosA polícia liberou dois suspeitos no mesmo dia da operação e decidiu não pedir a prorrogação da prisão temporária de outros sete, soltos no sábado