Em audiência pública requerida à Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, esta semana, o vereador Marcelo Aro (PHS) recebeu representantes da Belotur para avaliar a possibilidade de tornar BH referência nacional para os cristãos no período do CarnavalSeguindo recomendação do órgão, o parlamentar e lideranças religiosas irão mobilizar a comunidade, para gerar demanda de organização de eventos voltados a esse público.
Na abertura da reunião, Marcelo Aro ressaltou a vocação de BH para o sossego no período de carnaval, quando, segundo ele, a cidade tradicionalmente fica “parada” e esvaziada, pois grande parte da população vai brincar o Carnaval no interior ou em outros estadosDiante disso, o parlamentar propôs a realização de eventos de cunho religioso e espiritual, como procissões, orações e apresentação de artistas cristãos, atraindo públicos de outras localidades e tornando BH a capital da fé no período.
De acordo com Aro, o fluxo de cristãos fortaleceria o turismo e a economia da cidade durante o Carnaval, além de promover alegria e confraternização sem a presença de álcool, drogas ou violênciaO proprietário de lojas de artigos religiosos, Luciano Bretas, participou da audiência e citou exemplos como o Carnaval cristão promovido pela Igreja Canção Nova, no Rio de Janeiro, que reúne mais de 200 mil pessoas no Maracanãzinho, e o Rebanhão, em Betim, que neste ano atraiu mais de 100 mil pessoas “sedentas de Deus”.
O diretor de Eventos da Belotur, Felipe Barreto, salientou a mudança observada em Belo Horizonte nos últimos dois anos, quando dezenas de blocos e centenas de milhares de foliões ocuparam as ruas durante todos os dias do Carnaval, de forma espontânea e sem nenhum tipo de divulgação, promoção ou incentivoInclusive, a Belotur já divulgou como será a festa em 2014. Veja detalhes sobre desfile de blocos e escolas
Segundo Barreto, o fenômeno, que ele classificou como um “verdadeiro tsunami” surpreendeu a todas as instâncias do poder público, que criou uma comissão mista com a participação da BHTrans, Polícia Militar, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e outros atores envolvidos na busca de estratégias para enfrentar o desafioEste ano, o movimento ficou conhecido como “carnavaliza BH”,
Apresentando os dados referentes a este ano e as previsões para 2014, quando o número de blocos e foliões deverá triplicar, Barreto ressaltou que a ação do órgão tem sido apenas no sentido de organizar o evento, garantindo a preservação do patrimônio, os direitos e a segurança de todos os cidadãosPara isso, além da definição das rotas, serão instaladas 13 estruturas, para onde os blocos deverão se dirigir, onde serão montados palcos para atrações, posto médico e banheiros, com vistas à descentralização e maior organização da festa.
Ação sob demanda
Barreto afirmou que e o próximo Carnaval será um “grande teste” para a cidade, e que a Belotur não pretende promover e divulgar o evento ou viabilizar a realização de outras festividades no período antes de avaliar os resultados da estratégiaAfirmando a possibilidade de conciliar os diferentes públicos e finalidades, de forma democrática, e a disponibilidade do órgão a apoiar o evento, ele recomendou ao vereador e ao religioso que se organizem e mobilizem a comunidade cristã no sentido de gerar a demanda.
Dessa forma, o parlamentar Marcelo Aro disse que irá promover reuniões com as comunidades, com o objetivo de elaborar um projeto que possa ser acolhido pela Belotur, podendo iniciar com a organização de um bloco de oração e celebração e a destinação de um palco para as atrações religiosas já em 2014