Um homem suspeito de uma série de estupros em Belo Horizonte e Sabará, na Região Metropolitana, foi preso por uma equipe da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca)Juliano Oliveira Silva, de 31 anos, se passava por funcionários de empresas para entrar nas casas das vítimasPelo menos oito adolescentes, entre 13 e 17 anos, reconheceram Silva como o autor de violência sexual contra elasSegundo a Polícia Civil, ele confessou os crimes
As investigações em torno do homem começaram em julho de 2010 depois que uma adolescente foi estuprada no Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste de Belo HorizonteDurante as apurações, surgiram outros casos semelhantes em bairros vizinhos.
De acordo com a delegada Andreia Aparecida Alves da Cunha Soares, responsável pelo caso, o criminosos agia sempre da mesma forma“Ele identificava que as vítimas estavam sozinhas em casaEm seguida, chegava no imóvel e falava que era montador de móveis, funcionário da Copasa ou da Oi”, diz a delegada que completa“As vítimas eram amarradas com fios de eletrodomésticos e depois abusadas sexualmente”
Em alguns crimes, Juliano chegou a roubar pertences pessoais das mulheres, como tênis, celulares, e brincosAs vítimas foram atacadas nos bairros Ribeirão de Abreu, Nazaré, Heliópolis e Jardim Vitória, em Belo Horizonte, e no Bairro Alvorada, em Sabará
A prisão do homem aconteceu depois que a polícia ouviu as vítimas e montou um retrato faladoOs investigadores conseguiram identificar Juliano e pediram um mandado de prisão temporária de 30 dias para eleNa última quinta-feira, os agentes foram até a empresa onde o homem trabalha, em Sabará, e conseguiram prendê-lo“Ele confessou a autoria dos crimes e falou que estava precisando de dinheiro para pagar a pensão do filhoDisse queria roubar as vítimas, mas acabava cometendo o estupro”, diz a delegada
Na casa do homem, foi recuperado alguns pertences roubados das vítimasO criminoso foi encaminhado para o Centro de Remanejamento Prisional (Ceresp) GameleiraA polícia acredita que ele tenha atacado outras mulheres.
A delegada alerta a população para que não autorize a entrada de pessoas estranhas em seus imóveis“As pessoas não podem deixar nenhuma pessoa estranha entrar dentro de casaAs visitas de funcionários dessas empresas (usadas pelo agressor) devem ser agendadas”, afirma