Técnicos da Defesa Civil e militares do Corpo de Bombeiros voltaram na manhã desta quarta-feira à Rua Cabo Verde, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, interditada desde a tarde dessa terça-feira, depois que o asfalto cedeu e abalou a base de um poste de luzPela manhã, houve um agravamento da erosão e parte da calçada e do asfalto afundou maisA assessoria de imprensa da Defesa Civil informou que as equipes estão avaliando a situação no local para definir providências a serem tomadas
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Na terça-feira, véspera de Natal, moradores de pelo menos dois prédios tiveram que deixar suas casas às pressas por causa do problema no solo, provocado por uma obra vizinhaCom a enxurrada, a erosão abalou um poste, que ameaçava tombar sobre o prédioUm encanamento de água se rompeu, o que agravou o problemaÀ noite, eles foram liberados para voltar ao prédio, mas muitas pessoas preferiram não ficar no local, com medo de um desmoronamentoNesta manhã, ao constatar a situação da rua, algumas famílias voltaram às suas casas para recolher mais pertences.
“A sensação da janela do meu quarto é de que passou um tsunami aquiO meu medo é de que, com a chuva de hoje, a rua desça maisMesmo que eles falem que eu posso voltar para o meu prédio, eu não tenho condições de olhar para a janela e ver o que eu estou vendo”, desabafa a bancária Selma Carvalho Costa de Lacerda, que passou a noite de Natal na casa de parentes
Na semana passada, o em.com.br mostrou a situação na Rua Cabo Verde
Na tarde de ontem, o quarteirão foi interditadoTambém ficou proibida, por segurança, a passagem de moradores pela entrada principal do Edifício AndreiaA notificação da Defesa Civil foi entregue ao síndico, que ficou incumbido de garantir o isolamentoA construtora responsável pela obra vizinha foi notificada a apresentar um plano emergencial para garantir a segurança da construção e das estruturas no entorno, que também podem ser afetadasO poste com risco de queda foi removido para outro ponto, e 570 moradias próximas ficaram sem energia elétrica.
Uma moradora da rua disse que quando iniciaram as primeiras escavações na obra as trincas começaram a aparecer na rua e no prédioEla disse que a obra chegou a ser embargada, mas pouco tempo depois as atividades foram retomadas.
Funcionário e filho do dono da Construtura Edifica, o engenheiro Gustavo Lourenço Valadares Gontijo, de 26 anos, confirmou na terça-feira que, na época em que as estacas estavam sendo cravadas para a fundação do prédio, abalos em estruturas vizinhas foram percebidos
Com informações de Valquíria Lopes