Jornal Estado de Minas

Empresa responsável por obra no Cruzeiro esclarece caso do shopping

O empresário Rogério Valadares Gontijo, dono da Edifica Empreendimentos e Engenharia, responsável pela obra onde o muro desabou na Rua Cabo Verde, no Bairro Cruzeiro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, esclareceu ontem que a sua empresa não teve qualquer participação no consórcio responsável pela ampliação de um shopping no Bairro Anchieta, onde, em 2010, também houve deslocamento de terreno e 28 famílias de cinco prédios interditados ficaram desalojadas


Valadares informou que a Edifica adquiriu em 2007, em sociedade com a São Francisco Administração e Participações Ltda(SFAP), o lote 16 do quarteirão 76, ao lado do terreno onde outras empresas já haviam iniciado o projeto de construção do Shopping Plaza AnchietaTendo em vista o interesse na expansão do Plaza Anchieta, de acordo com ele, as empreendedoras propuseram à Edifica e à SFAP a permuta dos direitos de propriedade do lote 16 por uma pequena participação na futura exploração do shopping center

“Ressalte-se que, antes da realização da permuta, e, portanto, sem nenhuma participação da Edifica, as empreendedoras Batur, MK e SKT já haviam contratado a Tenco Realty Ltdapara a execução dos serviços de gerenciamento dos projetos técnicos das obras e da implantação da administração do Plaza AnchietaTambém antes da realização da permuta e sem participação da Edifica, as empreendedoras Batur, MK e SKT haviam contratado a Topus Construções Civis para a execução das obras do empreendimento”, declarou o empresário.

Ele acrescentou que “a Edifica jamais participou do planejamento ou da execução das obras do shopping, sendo, meramente, proprietária de uma diminuta parte do terreno em que ele veio a ser edificado”, acrescentando que a empresa também não sofreu qualquer tipo de ação judicial em decorrência do acidente ocorrido no shopping“Tal situação foi devidamente informada em todos os processos judiciais relativos aos episódios envolvendo o Plaza Anchieta, de modo que a Edifica nem sequer teve contato direto com os autores das ações, não tendo também participado do pagamento de indenizaçãoAlém disso, em 2012, a Edifica cedeu`à Batur os direitos que detinha na exploração do shopping center, concluiu Rogério Gontijo.