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Estado de Minas

Danos no Elevado Castelo Branco podem afetar metrô

Trecho no Carlos Prates é fechado novamente por problemas na rede pluvial. Como tubulação passa sob a via, linha férrea tem risco de ser atingida, segundo PBH


postado em 28/12/2013 06:00 / atualizado em 28/12/2013 06:56

Um buraco foi aberto no Elevado Castelo Branco para as obras de emergência, e acesso ao Centro e aos bairros está totalmente interditado(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Um buraco foi aberto no Elevado Castelo Branco para as obras de emergência, e acesso ao Centro e aos bairros está totalmente interditado (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

O acesso ao Viaduto Castelo Branco, no Carlos Prates, Região Noroeste de Belo Horizonte, foi fechado depois do agravamento dos danos numa das redes pluviais que cortam o local. Houve engarrafamentos na Avenida Pedro II, devido ao fechamento da trincheira, e na Avenida Tereza Cristina, na região. A situação pode se complicar, já que a linha férrea do metrô, que fica abaixo, corre o risco de ser atingida. A tubulação, que deságua no Rio Arrudas, passa também sob a via. Anteontem, ele chegou a ser totalmente interditado, mas liberado à noite após rápida intervenção.

O gerente de manutenção da Regional Noroeste da BH, Humberto Guimarães Bernardes, disse que hoje será feita uma vistoria e admite que, pela quantidade de lixo retirada do ponto danificado, pode ser que toda rede esteja contaminada, com risco de infiltração e erosão. “Havia muito lixo dentro das manilhas. Essa é uma rede não cadastrada e não temos como afirmar se há algum desvio até o rio. Ao longo da tubulação deve ter mais lixo e, caso não tenha novos danos, pelo menos será necessária uma limpeza. Faremos uma vistoria, pois não adianta realizar a manutenção só no local que ocorreu a infiltração, sem eliminar outras possíveis obstruções da rede”, explicou Humberto Bernardes.

De acordo com o gerente de manutenção, a rede pluvial tem mais de 30 anos. A quantidade de lixo jogada no local ficou retida nas manilhas e originou um processo de corrosão da tubulação e a infiltração no solo, que casou o abatimento da pista. “Inicialmente foi feito um desvio para a pista bairro-Centro, com uma faixa em cada sentido. Mas logo percebemos que o terreno sobre a tubulação estava comprometido com risco de ceder e provocar um acidente.”

Bernardes disse que neste fim de semana equipes de manutenção da Regional Noroeste vão trabalhar na recuperação da rede. Ele espera que na segunda-feira o trânsito seja liberado em uma faixa em cada sentido. A vistoria prevista para hoje no prolongamento da rede será em um terreno particular e, se necessário, no local que passa a linha férrea e onde fica uma subestação de energia do metrô. Técnicos da Defesa Civil do município também vão participar da análise das condições da rede. O vistoriador Alex Costa disse que a Cedec a partir de hoje será interditado até o trânsito de pedestres na via, caso se constate um risco de desmoronamento.

ACESSO Com o fechamento do Viaduto Castelo Branco, o acesso aos bairros da Região Noroeste tiveram que ser feitos pelas avenidas Tereza Cristina, Pedro II e Nossa Senhora de Fátima. Os engarrafamentos foram inevitáveis na volta para casa ontem à noite. O vendedor Marcos da Silva, de 25 anos, depois de 40 minutos dentro de um ônibus, desceu ainda na Rua Três Pontas e seguiu a pé um trajeto de quatro quilômetros até o centro. O supervisor de estoque Marcelo Paranhos Amorim, de 43, desistiu de seguir até o Terminal JK em seu carro.

“Pegamos a Pedro II engarrafada desde a Catalão. Quando cheguei na trincheira e vi que a pista para o Viaduto Castelo Branco estava fechada, pedi a um colega para voltar com o carro e resolvi seguir a pé.” Marcelo, a mulher, Cleide, e o filho, Isac, iriam embarcar num ônibus especial para Porto Seguro às 19h, e corriam pela via, puxando as malas, para chegar a tempo. A professora Elenir Perpétuo do Socorro, de 61, disse que estava num ponto de ônibus no Centro quando, depois de alguns minutos foi alertada que o viaduto estava fechado. “Um absurdo, pois a BHTrans não orientou sobre o novo itinerário do ônibus. Estou indo a pé até a Rua Padre Eustáquio para tentar pegar o ônibus” A BHTrans foi procurada à noite, mas ninguém foi encontrado para falar do assunto.


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