Bombeiros ainda estão em busca de desaparecido em Virgolândia

Guilherme Paranaiba

Com o apoio de 35 militares do Corpo de Bombeiros de Governador Valadares e Belo Horizonte, a população de Virgolândia, no Vale do Rio Doce, continua a busca de um homem que está desaparecido desde a chuva da noite de quinta-feira, que causou a morte de duas pessoas e praticamente arrasou a pequena cidade. Além disso, prossegue o trabalho de retirada dos entulhos deixados pela enxurrada e vistoria de 290 imóveis danificados pela força das águas.

O último balanço dos bombeiros dava conta de 220 vistorias concluídas e 28 casas completamente destruídas. Oito veículos foram encontrados no leito do Ribeirão Palmital, curso d’água que encheu e varreu as ruas da cidade. As cinco pessoas que estão desabrigadas foram alojadas na Escola Municipal Florêncio Malta, enquanto 262 famílias desalojadas estão em casas de amigos e parentes. O fornecimento de água potável já foi restabelecido.

Sábado, em Governador Valadares, 44 municípios participaram de um mutirão organizado pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) para agilizar a emissão da documentação necessária para o recebimento do Cartão de Pagamento de Defesa Civil. É por essa ferramenta que a presidente Dilma Rousseff prometeu que será liberado o dinheiro emergencial para os prefeitos resolverem problemas causados pelas temporada de chuvas. O recomendável é que todos os prefeitos tenham o cartão em mãos antes dos desastres, para que a verba necessária em uma emergência seja rapidamente liberada.

Balanço divulgado ontem pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) apontava que 86 municípios mineiros foram afetados pelas chuvas, sendo que em 51 foi decretada situação de emergência. Foram registradas 21 mortes, 88 pessoas feridas, 2.460 desabrigados e 6.959 desalojados. Segundo os dados, 116 casas foram destruídas e 7.099 danificadas.

PRÉDIOS A Defesa Civil de Belo Horizonte deve realizar hoje vistoria técnica nas obras emergenciais no canteiro da construtora Edifica, no cruzamento das ruas Cabo Verde e Muzambinho, Bairro Cruzeiro, Centro-Sul de Belo Horizonte, a pedido dos moradores dos três prédios vizinhos à obra e que foram interditados. Desde quinta-feira, depois do desmoronamento do muro de arrimo da obra da construtora, os três imóveis foram esvaziados e os ocupantes levados para hotéis. A partir de hoje serão colocadas pedras sobre o aterro feito no terreno da Edifica. A previsão é de que até sexta-feira os prédios sejam desinterditados para o retorno dos moradores. Qualquer antecipação do prazo vai depender das análises de hoje da Defesa Civil e dos técnicos da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). (Com informações de Landercy Hemerson)