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Estado de Minas

Bomba em peixaria mobiliza Gate no Bairro Bonfim

Loja onde foi encontrado artefato era do comerciante Fábio Baptista Mello, assassinado em maio de 2013. PM não sabe se há relação entre os crimes. A bomba estava sem carga explosiva


postado em 03/01/2014 11:28 / atualizado em 03/01/2014 11:51

Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar (PM) e 34º Batalhão da PM cercaram, na manhã desta sexta-feira, uma peixaria no Bairro Bonfim, Região Noroeste de Belo Horizonte, onde havia um artefato na garagem. De acordo com a corporação, os policiais concluíram que se tratava de uma bomba, porém sem carga explosiva.

De acordo com o 34º Batalhão, por volta de 9h, um funcionário acionou a PM dizendo que havia um embrulho na entrada da loja com um fio vermelho aparecendo na lateral. Os policiais fecharam a rua até a chegada do Gate, que analisou o artefato e preparou a detonação. Conforme a PM, se tratava de um “simulacro”, pois o material tem a estrutura de uma bomba, mas não estava carregado com substância explosiva. O Exército, responsável pela fiscalização de artefatos, foi acionado para acompanhar a ocorrência.

Segundo o 34º Batalhão, a loja onde o material foi encontrado era do comerciante Fábio Baptista Mello, assassinado em maio de 2013. A suspeita do assassinato é a empresária Kênia Mara de Souza, de 39 anos, que teve um desentendimento com Fábio por causa de disputa de um terreno no Bairro Caiçara. Ela foi presa no início de dezembro. A polícia ainda não sabe quem deixou a bomba na loja e nem pode afirmar se há alguma relação com o crime contra Fábio, pois o comércio agora tem nova proprietária.

Em 24 de maio, Fábio foi morto a tiros de revólver calibre 38 em frente ao comércio. O peixeiro tinha um histórico de brigas com a empresária por causa da reintegração de posse do terreno que pertencia a ele. Kênia, que é dona de um patrimônio estimado pela polícia em R$ 10 milhões, invadiu a propriedade e já havia iniciado uma construção.

De acordo com as investigações, no dia do homicídio, testemunhas viram Kênia próximo ao estabelecimento acompanhada de outro homem. Após os tiros, os suspeitos fugiram em um carro preto. Segundo a polícia, a empresária também é suspeita de assassinar uma pessoa que era testemunha de Fábio no processo de reintegração de posse. A vítima foi morta em fevereiro de 2013, no Bairro Aparecida.


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