A Polícia Civil vai investigar as circunstâncias em que uma menina de 8 anos se afogou depois de ser sugada pelo ralo de uma das piscinas do Jaraguá Country Club, ontem à tarde, em Belo Horizonte. Mariana Rabelo Oliveira brincava no toboágua da piscina mista (crianças e adulto) quando, numa das descidas, foi puxada em direção a uma tubulação. O acidente ocorre dois dias depois que um menino de 7 anos também ficou preso num ralo de uma piscina de um hotel em Caldas Novas, em Goiás.
Segundo ela, há décadas a família de seus pais é sócia do clube e frequenta o local. Jacinta contou que depois que sua sobrinha foi retirada da piscina foram realizados procedimentos de ressuscitação por cerca de 30 minutos. “Usaram desfibrilador, mas o equipamento para aspiração da água do pulmão não estava funcionando”, disse a comerciante. Mariana Oliveira foi levada inconsciente para o Hospital Odilon Behrens.
Para o empresário Sérgio Luiz Oliveira, de 55, tio de Mariana, houve negligência do clube porque não havia um sistema de proteção no local. “Minha sobrinha sabe nadar, só que foi sugada por uma tubulação na piscina. Isso, dois dias depois de um acidente semelhante em Caldas Novas, o que demonstra para uma falta de cuidado por parte da direção do clube”, reclamou. Os responsáveis pelo Jaraguá Club foram procurados, mas não se manifestaram.
MORTES
Com a trégua da chuva e o forte calor as ocorrências de afogamentos tem sido frequentes no estado. De 31 de dezembro até o começo da noite de sexta-feira, foram registradas pelo menos 12 mortes em rios, lagoas e represas em Minas. Uma das vítimas é o garoto Guilherme Souza Cabral da Silva, de 9, que se afogou no Ribeirão da Mata, em Vespasiano. Em Cana Verde, na Região Sul de Minas Gerais, um homem de 30 anos se afogou na represa de Furnas.