Uma mulher de 23 anos foi presa na madrugada deste sábado em Itabirito, na Região Central do estado, suspeita de integrar uma quadrilha de furto a caixas eletrônicos. Karine Cristina Teles Brandão estava em um veículo Fiat Pálio – furtado em Itaúna, no Centro-Oeste mineiro – e foi pega depois tentar fugir de uma operação realizada pela Polícia Militar Rodiviária (PMRv). Outros três homens também estavam no carro, mas conseguiram escapar depois de entrar em uma mata, às margens da BR-356. Segundo os militares, os suspeitos estavam armados e transportavam bananas de dinamite prontas para serem detonadas.
Agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) precisaram ser acionados para desarmar os explosivos, que estavam prontos para serem usados. A suspeita da PMRv é de que os suspeitos façam parte de uma quadrilha de furto a agências bancárias. Ainda de acordo com os militares, a mulher presa negou envolvimento com o crime. Ela já tem passagem pela polícia por disparo de arma de fogo.
Explosões em Minas
Levantamento da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) aponta aumento de 12% no número de crimes dessa natureza nos 11 primeiros meses de 2013 – quando 336 terminais foram estourados – em comparação com o mesmo período do ano passado, em que 300 houve ocorrências. Em Belo Horizonte, 19 explosões foram registradas no período, uma a mais do que o total de casos entre janeiro e novembro de 2012.
O aumento das ocorrências preocupa autoridades da área de segurança pública de Minas, que têm se mobilizado para conter a onda de explosões. Entre as ações, há uma tentativa de mudar o Código Penal. Hoje, a explosão de caixas não tem tipificação específica e é normalmente classificada como furto qualificado, com pena mais branda do que o roubo. A ideia é que o delito seja enquadrado como roubo, com punição que pode chegar a 10 anos de prisão e multa – dois anos a mais do que os oito anos estabelecidos para furto.
Com informações de Valquíria Lopes