Foi sepultado às 17h deste sábado no Cemitério Bosque da Esperança, Região Norte da capital, o corpo da menina Mariana Rabelo Oliveira, de 8 anos, que se afogou em uma piscina do Jaraguá Country Club, na Pampulha. No local, muito abalados, os familiares da menina preferiram não falar com a imprensa.
O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira. Mariana foi ao clube com uma tia e a prima. Ela brincava no toboágua da piscina mista (crianças e adultos) quando escorregou e foi sugada pelo ralo da piscina. O cabelo da menina ficou preso no ralo e ficou vários minutos submersa até ser socorrida. Mariana foi reanimada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após uma parada cardíaca de quase 20 minutos. Ela foi levada para o Hospital Odilon Behrens, onde permaneceu internada por cerca de 12 horas no Centro de Terapia Intensiva (CTI), e morreu nesta madrugada.
Mais cedo, o tio da menina Sérgio Luiz Oliveira, de 55 anos, disse que até o fim da manhã nenhum representante do clube havia procurado a família para oferecer ajuda. Indignado, ele culpou o estabelecimento pela morte da criança. “Não queremos nenhum centavo do clube. Mas pedimos que o clube seja penalizado, para que sirva de exemplo para outros lugares públicos”, declarou Sérgio.
O Jaraguá Country Club se pronunciou a respeito do caso por meio de uma nota publicada em seu site no início da tarde. A diretoria informou que lamenta profundamente o ocorrido e decretou luto oficial de três dias. “Estamos todos empenhados no esclarecimento detalhado desse acidente. Daremos todo apoio ao trabalho da Polícia Civil no levantamento das circunstâncias de tal fatalidade. Perícia que está sendo realizada durante este dia na piscina do clube”, diz o documento.
Na tarde de ontem, a perícia de Crimes Contra a Vida esteve no local. Neste sábado, outros peritos também estiveram no clube para avaliar o equipamento. O local do acidente foi isolado, mas o clube funcionou normalmente. (Com informações de Clarisse Souza)