O delegado Thiago de Oliveira Souza Pacheco, responsável por investigar a morte da menina Mariana Silva Rabelo de Oliveira, de 8 anos, que teve o cabelo sugado pela tubulação do toboágua de uma das piscinas do Jaraguá Country Club, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, voltou ao local onde aconteceu o afogamento. O policial ouviu testemunhas que confirmaram que a criança ficou de três a cinco minutos submersa.
Durante a visita, realizada por volta das 15h, o delegado colheu informações com funcionários que participaram do resgate e presenciaram o acidente. Essas pessoas passaram seus dados, como endereços, para serem chamadas, posteriormente, e prestar depoimento na delegacia. Entre as pessoas que conversaram com Pacheco está a gerente operacional do clube. O conteúdo da conversa entre os dois não foi informado.
O delegado também esclareceu que a visita foi para ele ter a noção geográfica e espacial da piscina e das instalações do clube.
Nesta manhã, dois investigadores da 3ª Delegacia Regional de Venda Nova estiveram no local para conversar com responsáveis pelo estabelecimento. A visita durou cerca de meia hora. Eles entregarão um relatório ao delegado. Pacheco explicou que o primeiro passo é colher o depoimento de testemunhas, bem como da família e do sócio que participou do resgate. Pelo menos sete pessoas devem ser ouvidas neste primeiro momento.
De acordo com testemunhas, Mariana brincava no toboágua quando escorregou e foi sugada pelo ralo da piscina na tarde de sexta-feira. O cabelo da garota ficou preso na tubulação e a deixou submersa por vários minutos até a chegada do socorro.
Afogamentos em Minas
O calor que atinge Minas Gerais desde o início de 2014 faz o número de ocorrências de afogamento disparar no estado. Desde o dia primeiro de janeiro até esse domingo, 21 pessoas morreram em piscinas, cachoeiras, rios e lagoas, uma média de quatro mortes por dia. A maioria dos óbitos foi registrado na Região Sul de Minas. Na Grande BH, foram três afogamentos, sendo que em dois deles morreram crianças.