“Estamos indignados, porque não entendo como o clube não prevê um problema que é de infraestruturaSerá que as pessoas que estão à frente da diretoria estão preparadas? Têm experiência para ocupar o cargo que ocupam?”, questiona o pai, lembrando do aumento da movimentação de pessoas no clube.
No dia do enterro de Mariana, Marco Aurélio, a mulher, Ieda, e a outra filha do casal, Júlia, não tiveram condições de voltar para casa e passaram a noite na casa de parentes, segundo o porta-voz da família, tio e padrinho de Mariana, o comerciante Fernando Alberto de Oliveira, de 60Para ele, o afogamento foi considerado uma grande apunhalada“Nunca imaginava enterrar uma sobrinha de forma tão trágicaTomamos todos os cuidados com as crianças da família e por uma incompetência, um desleixo do clube, perdemos um ente queridoPara mim, foi assassinato”, afirmou Fernando.
A diretoria do clube foi procurada pelo EM, mas não se pronunciou
Palavra do pai
Marco Aurélio de Oliveira, de 50 anos, empresário, pai de Mariana
Qual é o sentimento da família?
Estamos desestruturados, juntando forças para lidar com essa tragédiaO sentimento de indignação é muito grande, porque nossa filha foi assassinadaEla sabia nadar muito bem e não teria morrido caso não tivesse uma armadilha.
Houve algum tipo de negligência?
Temos nossas conclusões, mas vamos acompanhar a investigação e o resultado do laudo técnico que vai dizer o que ocorreuNossa filha estava em família, acompanhadaMas será que a estrutura do clube estava adequada?
Há quanto tempo vocês frequentam o clube?
Desde minha infânciaMeu pai foi sócio-fundadorHoje me limito a jogar futebol lá, mas quando passo pela área das piscinas percebo o quanto mudouHoje tem muita gente frequentando, muito convite sendo vendido no fim de semanaSerá que a infraestrutura acompanhou esse movimento? A investigação deve passar por isso.